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18/01/2003
-
04h23
da Folha de S.Paulo
"O Chão de Graciliano", exposição organizada pelo Sesc Pompéia, a partir de terça-feira em SP, apresenta ao público registros e fotos que contam parte da história do escritor alagoano, como o relatório de prestação de contas da cidade de Palmeira dos Índios, de 1929. Na época, o documento impressionou o governador de Alagoas e chamou a atenção do editor Augusto Frederico Schmidt para o então prefeito Graciliano Ramos.
O "chão" do título da exposição é a região de Quebrangulo, Viçosa, Palmeira dos Índios e Maceió, em Alagoas, e Buíque, no sertão de Pernambuco, cidades nas quais o escritor viveu enquanto escreveu boa parte de sua obra, como "Caetés", "Angústia", "Vidas Secas" e "São Bernardo".
Assim como nos personagens desses livros, que sofrem em seu corpo e caráter as influências da vida sertaneja, a reunião de documentos, fotos e objetos da exposição pretende oferecer um panorama da paisagem e do ambiente no qual se formou o escritor.
"As imagens das cidades, acompanhadas dos documentos e objetos reunidos, mostram o pedaço de chão no qual Graciliano criou sua literatura", explica Audálio Dantas, curador da exposição.
Do acervo do IEB (Instituto de Estudos Brasileiros da USP), do Museu da Casa de Graciliano Ramos, de Alagoas, e de coleções particulares, vieram cartas do escritor para sua mulher, Heloísa Ramos, o livro de prestação de contas de Palmeira dos Índios, manuscritos e provas tipográficas com correções do escritor.
De Alagoas vieram exemplares dos jornais que, na década de 20, recebiam colaborações do escritor, que assinava a coluna "Traços a Esmo" com pseudônimo de J. Calisto, e a semanal "Fatos e Fitas", como Anastácio Anacleto.
A mostra se completa com o ensaio fotográfico de Tiago Santana, que passou pela região de Palmeira dos Índios, além de uma programação com aulas, peças de teatro, filmes baseados nas obras do autor e contadores de história.
Documentos explicam a origem do escritor Graciliano Ramos
SIMONE IWASSOda Folha de S.Paulo
"O Chão de Graciliano", exposição organizada pelo Sesc Pompéia, a partir de terça-feira em SP, apresenta ao público registros e fotos que contam parte da história do escritor alagoano, como o relatório de prestação de contas da cidade de Palmeira dos Índios, de 1929. Na época, o documento impressionou o governador de Alagoas e chamou a atenção do editor Augusto Frederico Schmidt para o então prefeito Graciliano Ramos.
O "chão" do título da exposição é a região de Quebrangulo, Viçosa, Palmeira dos Índios e Maceió, em Alagoas, e Buíque, no sertão de Pernambuco, cidades nas quais o escritor viveu enquanto escreveu boa parte de sua obra, como "Caetés", "Angústia", "Vidas Secas" e "São Bernardo".
Assim como nos personagens desses livros, que sofrem em seu corpo e caráter as influências da vida sertaneja, a reunião de documentos, fotos e objetos da exposição pretende oferecer um panorama da paisagem e do ambiente no qual se formou o escritor.
"As imagens das cidades, acompanhadas dos documentos e objetos reunidos, mostram o pedaço de chão no qual Graciliano criou sua literatura", explica Audálio Dantas, curador da exposição.
Do acervo do IEB (Instituto de Estudos Brasileiros da USP), do Museu da Casa de Graciliano Ramos, de Alagoas, e de coleções particulares, vieram cartas do escritor para sua mulher, Heloísa Ramos, o livro de prestação de contas de Palmeira dos Índios, manuscritos e provas tipográficas com correções do escritor.
De Alagoas vieram exemplares dos jornais que, na década de 20, recebiam colaborações do escritor, que assinava a coluna "Traços a Esmo" com pseudônimo de J. Calisto, e a semanal "Fatos e Fitas", como Anastácio Anacleto.
A mostra se completa com o ensaio fotográfico de Tiago Santana, que passou pela região de Palmeira dos Índios, além de uma programação com aulas, peças de teatro, filmes baseados nas obras do autor e contadores de história.
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