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22/01/2003
-
12h55
"Quando eu morrer, morri", repetia em diversas entrevistas a sambista Eusébia Silva de Oliveira, mais conhecida como Dona Zica, 89, vítima de parada cardiorrespiratória hoje no Rio de Janeiro.
Dona Zica encerra um ciclo iniciado aos 15 anos, quando vestiu pela primeira vez roupas verde e rosa, cores oficiais da Mangueira, nome do morro onde mora e da escola que defendeu por toda a sua vida.
Dona Zica era uma das últimas remanescentes da "velha guarda" do samba da Mangueira e foi um ícone na escola, no morro, no Rio de Janeiro, no país e no mundo. Ela tinha problemas de hipertensão e de circulação, agravados por diabetes.
Carnaval
Em 2000, quando já sofria problemas de saúde que a levavam várias vezes ao hospital para se tratar, ela perdeu sua melhor amiga, dona Neuma, outro mito da escola de samba Mangueira, que morreu vítima de hemorragia cerebral.
No Carnaval de 2001, chegou a ser internada durante a tarde no dia do desfile da Mangueira na Sapucaí, mas, à noite, desfilou na homenagem a Dona Neuma, surpreendendo a todos.
Já no ano passado, ela também teve problemas para desfilar, justamente no ano em que a Mangueira voltou a ser campeã, 15 anos depois do último título. Foi internada dias antes, obteve alta na tarde do dia do desfile, mas, por causa da chuva, foi impedida de desfilar.
História
Dona Zica vivia no morro da Mangueira desde os 4 anos. Atualmente, o bairro, com mais de 5.000 moradores, todos componentes da escola de samba, é, além de popular, a segunda agremiação nascida no Rio de Janeiro, em 1928, quando só existia a já extinta Deixa Falar.
A escola surgiu da reunião de cinco blocos de Carnaval, do qual, um deles, o Arengueiro, era comandado pelo compositor Cartola, uma das mais famosas e queridas personalidades da música brasileira.
Dona Zica foi casada com Cartola, mas não passou a vida toda com ela. Eles se conheceram quando ela tinha 15 anos na Mangueira, se casaram e tiveram filhos. Depois, só aos 50, foram se reencontrar e viver juntos.
Velha Guarda
A Velha Guarda da Mangueira foi criada em 1965 por Carlos Cachaça, Cartola e Aluízio Dias. Um grupo de músicos da escola a representa durante o ano em apresentações pelo país e relembra ícones do Carnaval carioca como Cachaça, Padeirinho, Babau, Zagaia, Cartola, Aluízio Dias, Nelson Cavaquinho, entre outros, e mostra também composições de novos valores.
Dona Zica morava há poucos metros do barracão da escola, onde seu corpo será velado.
Veja fotos da carreira de Dona Zica
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Dona Zica foi ícone da escola de samba mais popular do país
da Folha Online"Quando eu morrer, morri", repetia em diversas entrevistas a sambista Eusébia Silva de Oliveira, mais conhecida como Dona Zica, 89, vítima de parada cardiorrespiratória hoje no Rio de Janeiro.
Dona Zica encerra um ciclo iniciado aos 15 anos, quando vestiu pela primeira vez roupas verde e rosa, cores oficiais da Mangueira, nome do morro onde mora e da escola que defendeu por toda a sua vida.
Folha Imagem |
A sambista Dona Zica, da Velha Guarda da Mangueira; veja galeria de sua carreira |
Carnaval
Em 2000, quando já sofria problemas de saúde que a levavam várias vezes ao hospital para se tratar, ela perdeu sua melhor amiga, dona Neuma, outro mito da escola de samba Mangueira, que morreu vítima de hemorragia cerebral.
No Carnaval de 2001, chegou a ser internada durante a tarde no dia do desfile da Mangueira na Sapucaí, mas, à noite, desfilou na homenagem a Dona Neuma, surpreendendo a todos.
Já no ano passado, ela também teve problemas para desfilar, justamente no ano em que a Mangueira voltou a ser campeã, 15 anos depois do último título. Foi internada dias antes, obteve alta na tarde do dia do desfile, mas, por causa da chuva, foi impedida de desfilar.
História
Dona Zica vivia no morro da Mangueira desde os 4 anos. Atualmente, o bairro, com mais de 5.000 moradores, todos componentes da escola de samba, é, além de popular, a segunda agremiação nascida no Rio de Janeiro, em 1928, quando só existia a já extinta Deixa Falar.
A escola surgiu da reunião de cinco blocos de Carnaval, do qual, um deles, o Arengueiro, era comandado pelo compositor Cartola, uma das mais famosas e queridas personalidades da música brasileira.
Dona Zica foi casada com Cartola, mas não passou a vida toda com ela. Eles se conheceram quando ela tinha 15 anos na Mangueira, se casaram e tiveram filhos. Depois, só aos 50, foram se reencontrar e viver juntos.
Velha Guarda
A Velha Guarda da Mangueira foi criada em 1965 por Carlos Cachaça, Cartola e Aluízio Dias. Um grupo de músicos da escola a representa durante o ano em apresentações pelo país e relembra ícones do Carnaval carioca como Cachaça, Padeirinho, Babau, Zagaia, Cartola, Aluízio Dias, Nelson Cavaquinho, entre outros, e mostra também composições de novos valores.
Dona Zica morava há poucos metros do barracão da escola, onde seu corpo será velado.
Veja fotos da carreira de Dona Zica
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