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29/01/2003
-
02h30
da Folha de S. Paulo
O modernismo brasileiro chegou ao ponto final. Morreu ontem em Paris, aos 95 anos, de falência múltipla dos órgãos, o artista Cícero Dias, último dos grandes nomes da vanguarda tupiniquim.
Filho da cidade pernambucana de Jundiá, o pintor e desenhista foi-se com leveza, com a mesma leveza que ajudou a injetar nas artes brasileiras ainda na década de 20, quando fazia aquarelas em que tudo, de pessoas a animais, flutuava livremente no ar.
Lúcido e saudável até o final, o artista começou a se sentir fraco apenas no início deste mês. Passou os últimos dias em seu apartamento, próximo à torre Eiffel, com a mulher, a francesa Raymonde, com quem era casado desde 1943. O casamento simbolizou a adoção definitiva de Dias pela França, para onde foi em 1937, a convite de Di Cavalcanti, fugindo do Estado Novo.
Dias não demorou a se amigar com toda a "intelligentsia" que circulava pelo bairro boêmio de Montparnasse, em cujo cemitério deve ser enterrado neste sábado.
Lá, ao lado de túmulos como o do libertário Samuel Beckett, ficarão alguns dos traços mais líricos e livres da arte brasileira, elogiados por um time que vai de Mário de Andrade a Picasso, padrinho de sua única filha, Sylvia.
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Pintor pernambucano Cícero Dias morre aos 95 anos em Paris
Morre aos 95 anos o pintor pernambucano Cícero Dias
CASSIANO ELEK MACHADOda Folha de S. Paulo
O modernismo brasileiro chegou ao ponto final. Morreu ontem em Paris, aos 95 anos, de falência múltipla dos órgãos, o artista Cícero Dias, último dos grandes nomes da vanguarda tupiniquim.
Filho da cidade pernambucana de Jundiá, o pintor e desenhista foi-se com leveza, com a mesma leveza que ajudou a injetar nas artes brasileiras ainda na década de 20, quando fazia aquarelas em que tudo, de pessoas a animais, flutuava livremente no ar.
Lúcido e saudável até o final, o artista começou a se sentir fraco apenas no início deste mês. Passou os últimos dias em seu apartamento, próximo à torre Eiffel, com a mulher, a francesa Raymonde, com quem era casado desde 1943. O casamento simbolizou a adoção definitiva de Dias pela França, para onde foi em 1937, a convite de Di Cavalcanti, fugindo do Estado Novo.
Dias não demorou a se amigar com toda a "intelligentsia" que circulava pelo bairro boêmio de Montparnasse, em cujo cemitério deve ser enterrado neste sábado.
Lá, ao lado de túmulos como o do libertário Samuel Beckett, ficarão alguns dos traços mais líricos e livres da arte brasileira, elogiados por um time que vai de Mário de Andrade a Picasso, padrinho de sua única filha, Sylvia.
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