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29/01/2003
-
04h30
da Folha de S. Paulo
Vestindo um otimista blazerzinho azul-turquesa, a primeira-dama Marisa Letícia sentou-se ao lado de seu estilista favorito, Walter Rodrigues, para assistir ao desfile do estilista Ricardo Almeida, dedicado à moda masculina, autor dos ternos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No mesmo prédio da Bienal, a modelo Gisele Bündchen atraía a atenção de todos, vestida desta vez num macacão masculino de risca-de-giz, com generosidade no decote e economia nos sorrisos. Estava dada a partida na São Paulo Fashion Week, o maior evento da moda brasileira, que prossegue até sábado mostrando 40 desfiles para a moda do outono-inverno 2003.
Deu certo a idéia de esquentar o primeiro dia -tradicionalmente masculino- com ações de marketing e mídia. Gisele foi a cereja da coleção sisuda e compenetrada de Ricardo Almeida, dentro dessa tendência já vista nas passarelas internacionais de colocar top models nas coleções masculinas.
A idéia foi levada às últimas consequências na Ellus, que encerrou esse primeiro dia desfilando uma evoluída linha masculina exclusivamente por meninas (num ótimo casting, aliás). A brincadeira era tentar visualizar os paletós, calças soltas, o black jeans em correto "deep" no índigo; camisas e a jaqueta bomber -tendência- depois, em meninos. Dica: uma boa campanha. Ou o consumidor da marca corre o risco de não se identificar.
Mais definido e focado, Mario Queiroz investiu na masculinidade clássica, numa coleção mangue beat inspirada no maior cajueiro do mundo, em Belém do Pará, e camisas ganham bordados e estampas de galhos e folhas. Comercial com personalidade -e brasileiro. Sem precisar levantar bandeira.
Bandeira é conversa para Marcelo Sommer, que mostra sua coleção mais adulta e desenvolvida, com bem-cuidada alfaiataria, bom desenvolvimento de produto; nas malhas e suéteres; numa deliciosa coleção que mistura Rússia com a bandeira de São Paulo, com jogos, fanfarra, barroco e clubbing.
É a primeira coleção depois de sua associação com o empresário João Paulo Diniz, e a injeção de verbas e profissionalismo aparece na passarela. Sommer conjuga um vocabulário fashion global e com este desfile celebra os fundamentos de seu estilo -e avança.
Hoje o tom dos desfiles deve ficar por conta da moda jovem, com Alexandre Herchcovitch, Caio Gobbi, Triton e Vide Bula, que estréia no evento.
Especial
Confira o que acontece na SP Fashion Week
Ações de marketing e mídia esquentam SPFW
ERIKA PALOMINOda Folha de S. Paulo
Vestindo um otimista blazerzinho azul-turquesa, a primeira-dama Marisa Letícia sentou-se ao lado de seu estilista favorito, Walter Rodrigues, para assistir ao desfile do estilista Ricardo Almeida, dedicado à moda masculina, autor dos ternos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No mesmo prédio da Bienal, a modelo Gisele Bündchen atraía a atenção de todos, vestida desta vez num macacão masculino de risca-de-giz, com generosidade no decote e economia nos sorrisos. Estava dada a partida na São Paulo Fashion Week, o maior evento da moda brasileira, que prossegue até sábado mostrando 40 desfiles para a moda do outono-inverno 2003.
Deu certo a idéia de esquentar o primeiro dia -tradicionalmente masculino- com ações de marketing e mídia. Gisele foi a cereja da coleção sisuda e compenetrada de Ricardo Almeida, dentro dessa tendência já vista nas passarelas internacionais de colocar top models nas coleções masculinas.
A idéia foi levada às últimas consequências na Ellus, que encerrou esse primeiro dia desfilando uma evoluída linha masculina exclusivamente por meninas (num ótimo casting, aliás). A brincadeira era tentar visualizar os paletós, calças soltas, o black jeans em correto "deep" no índigo; camisas e a jaqueta bomber -tendência- depois, em meninos. Dica: uma boa campanha. Ou o consumidor da marca corre o risco de não se identificar.
Mais definido e focado, Mario Queiroz investiu na masculinidade clássica, numa coleção mangue beat inspirada no maior cajueiro do mundo, em Belém do Pará, e camisas ganham bordados e estampas de galhos e folhas. Comercial com personalidade -e brasileiro. Sem precisar levantar bandeira.
Bandeira é conversa para Marcelo Sommer, que mostra sua coleção mais adulta e desenvolvida, com bem-cuidada alfaiataria, bom desenvolvimento de produto; nas malhas e suéteres; numa deliciosa coleção que mistura Rússia com a bandeira de São Paulo, com jogos, fanfarra, barroco e clubbing.
É a primeira coleção depois de sua associação com o empresário João Paulo Diniz, e a injeção de verbas e profissionalismo aparece na passarela. Sommer conjuga um vocabulário fashion global e com este desfile celebra os fundamentos de seu estilo -e avança.
Hoje o tom dos desfiles deve ficar por conta da moda jovem, com Alexandre Herchcovitch, Caio Gobbi, Triton e Vide Bula, que estréia no evento.
Especial
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