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19/06/2007 - 18h14

Título de cavaleiro dado a Rushdie opõe Reino Unido e Paquistão

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da Efe, em Londres
com Folha Online

O governo britânico expressou nesta terça-feira "profunda preocupação" pelas declarações do ministro de Assuntos Religiosos do Paquistão, Mohammad Ejaz-ul Haq, justificando a realização de atentados suicidas em resposta ao título de Cavaleiro do Império Britânico concedido a Salman Rushdie pela rainha Elizabeth 2ª.

John Amis/AP
Escritor Salman Rushdie recebeu título de Sir da rainha Elizabeth 2ª no sábado
Escritor Salman Rushdie recebeu título de Sir da rainha Elizabeth 2ª no sábado

Robert Brinkley, chefe da representação britânica em Islamabad, enviou a mensagem de "preocupação" às autoridades paquistanesas após ter sido convocado pelo governo de Islamabad. "O governo britânico tem muito claro que nada pode justificar os atentados suicidas", declarou um porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores em Londres.

Na reunião, as autoridades paquistanesas entregaram a Brinkley uma cópia da resolução aprovada na última segunda-feira (18) pelo Parlamento do Paquistão que reivindica a retirada, por Londres, do título dado a Rushdie.

Nessa sessão, o Parlamento viveu momentos de polêmica por declarações do ministro de Assuntos Religiosos, Mohammad Ejaz-ul Haq, que justificava atentados suicidas pelo título concedido a Rushdie e que levou a grandes protestos no Paquistão.

Ejaz-ul Haq, fundamentalista filho do ex-líder militar paquistanês Zia ul-Haq (1977-88), disse que "se alguém cometer um atentado suicida contra Rushdie para proteger a honra do profeta Maomé, seu ato estaria justificado."

Em 1989, Rushdie foi alvo de uma fatwa (decreto religioso) emitida pelo fundador da República Islâmica do Irã, o aiatolá Khomeini, que o condenava à morte por blasfêmia, após a publicação de seu romance 'Versos Satânicos'.

Em, em viagem ao Brasil, ele participou de sabatina da Folha.

 

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