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07/02/2003 - 06h45

Novatos dão frescor ao estilo carioca no Fashion Rio

ERIKA PALOMINO
colunista da Folha

Em sua primeira edição de inverno, o Fashion Rio deu provas de maior maturidade e organização em termos de estrutura. O evento aconteceu de segunda a quinta últimas, com 22 desfiles no Museu de Arte Moderna.

Fizeram falta as marcas de moda praia, que não desfilaram. Maria Bonita e Maria Bonita Extra ficaram de fora, com a morte da estilista Maria Candida Sarmento -perda concreta na construção do estilo carioca. Também se ausentaram duas marcas fortes que migraram para a São Paulo Fashion Week, Osklen e Maxime Perelmuter. E o grande nome que ficou, Carlos Tuvfesson, não conseguiu atender às expectativas, em um desfile embaralhado.

Nesse cenário, quatro dias de desfile seguiram quase que burocraticamente, sem surpresas, com exceção da mineira Coven, estreante no evento. Ninguém esperava nada: o desfile foi tudo. Moda é assim. Editores adoraram a malharia honesta e fashion.

O masculino se consolidou com a paulistana TNG, com a Complexo B (simples e comercial, mas com boas sacadas no vocabulário das t-shirts) e com a Sandpiper (surfe/esportivo/oriental e desfile aberto por Rodrigo Santoro).

Último dia, calor que Deus dava, e a Frankie Amaury, um clássico, exerceu poderes trazendo divas do estilo carioca e de sua própria história: Silvia Pfeiffer, Carla Barros e, principalmente, Vera Barreto Leite, 66, hoje atriz de Zé Celso (fez a Hera em "As Bacantes"). Glamour corporificado, algo inédito neste Fashion Rio.

A baiana Marcia Ganem fez o esperado: economizou nos complementos e focou no autoral trabalho de tops, tramas e pedras.

Encerrar a temporada carioca com novos estilistas deu supercerto, instaurando a busca do gosto carioca pela moda: sexy, debochado, brincalhão. Marcelo Di Santis e Silvia de Bossens trouxeram o frescor que faltava.

Di Santis, 20, consegue equilíbrio raro num primeiro desfile, de inspiração anos 60. Ao final, a marca Casa de Noca, de Silvia Bossens, discute com humor a farsesca alta-costura brasileira. Fechou ao lado de Jorginho Guinle, símbolo do jet-set carioca, brincando de levar-se a sério.

Colaborou JACKSON ARAUJO, free-lance para a Folha

 

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