Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
10/02/2003 - 08h05

Maria Rita, filha de Elis Regina, estréia com lotação esgotada

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
da Folha de S.Paulo

A engrenagem está em movimento. A cantora Maria Rita Mariano, 25, estréia hoje em São Paulo sua primeira temporada solo. O objetivo é preparar território e repertório para seu primeiro álbum, planejado para agosto próximo pela Warner, que conquistou o passe da moça.

O fato de Maria Rita ser filha de Elis Regina potencializa as expectativas: os ingressos para os parcos 80 lugares do Supremo Musical, onde acontece a temporada, já estão todos esgotados. Os quatro shows previamente programados podem se estender, mas ainda não há decisão sobre isso.

Mantendo repertório sob relativo segredo, Maria Rita conta que deve intercalar interpretações densas como as que já mostrou em shows com Chico Pinheiro e no disco "Pietá" (2000), de Milton Nascimento, com momentos mais atirados à leveza.

Estão nesse caso "Só de Você" (82), do lado mais pop de Rita Lee, e "De Jeito que For", do atual midas pop Jorge Vercilo. "É essa minha preocupação em agradar a todo mundo", brinca. "Não quero um show tenso, uma música como a do Jorge Vercilo dá sossego ao público."

A essas se somam inéditas e canções de Djavan, Lenine e do pai Cesar Camargo Mariano. Ela sobe ao palco em estrutura concisa, com um trio de piano, baixo e bateria.

Voltando de um show fechado na Bahia, Maria Rita fala sobre ter optado por não se ligar à gravadora Trama, de seu meio-irmão João Marcello Bôscoli: "Fiquei um pouco receosa de ir para lá, sendo filha de Elis e Cesar e irmã do dono da Trama. Tenho tido cuidado de ser o mais profissional possível, o que inclui fazer show em lugar pequeno, pegar estrada antes de gravar. Por isso também esperei muito tempo para gravar, e por isso outras gravadoras além da Trama demoraram a me chamar".

De seu lado, Bôscoli é diplomático ao apoiar a decisão da irmã: "Para a Trama, a melhor decisão é aquela que faça melhor para a vida da Maria Rita. Se ela nos confidencia que há algum desconforto no fato de termos ligações biológicas, algo que poderia de alguma maneira minar a percepção da sociedade sobre seus méritos reais, suas conquistas, achamos compreensível da parte dela essa decisão. Cada um sabe de si".

Já a Warner, que tem na ninfeta Kelly Key seu maior sucesso comercial atual, faz alarde da conquista. "Maria Rita é a nossa grande contratação de 2003, a grande aposta da Warner para este ano. Fizemos questão que o diretor artístico da companhia, Tom Capone, produzisse ele mesmo o disco dela", diz o diretor de marketing Marcelo Maia.

Ele nega que Milton Nascimento tenha intermediado de qualquer modo a ida de sua "afilhada artística" para a Warner: "Não, apenas ele é nosso artista "top" e descobriu Maria Rita para nós".

A cantora, por fim, fala sobre os próximos e decisivos passos e diz que já não se sente despreparada para enfrentar o show business, como afirmava até há pouco: "Estou bem ansiosa, por razões óbvias. Tenho pensado muito mais no show, mas em consequência no disco também. Fico ansiosa, mas acho que vai dar pé, que vai ser legal. Tenho um grande respeito pela música".


MARIA RITA MARIANO - temporada no Supremo Musical (r. Oscar Freire, 1.000, Cerqueira César, tel. 3062-0950)
Quando: hoje, quinta-feira e dias 20 e 27, às 22h
Quanto: R$ 25
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página