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14/02/2003
-
05h00
da Folha de S. Paulo
Maior inimigo dos festivais internacionais do Brasil, o dólar (ou a alta do) não conseguiu matar o Abril Pro Rock 2003, mas deixou ferido o principal evento indie brasileiro.
Sem grandes nomes do pop rock estrangeiro, o festival recifense, que ocorre de 11 a 13 de abril, anunciou a programação de sua 11ª edição, voltando o foco para a cena independente nacional.
"É o preço que se paga pela independência. Vamos fazer ajustes devido às circunstâncias, mas nunca iríamos deixar de fazer o festival", afirma Paulo André, o criador e organizador do APR. "Até porque nunca apareceram em nossas mãos trabalhos de bandas independentes nacionais com tanta qualidade como tem ocorrido nos últimos dois anos."
Se nos últimos tempos o festival conseguiu escalar nomes como Asian Dub Foundation, Charlatans e Jon Spencer Blues Explosion, a única atração de chancela gringa a perfilar entre as 23 do APR 2003 é a banda punk alemã Terrorgruppe, que pertence ao respeitado selo Epitaph.
Entre os artistas estrangeiros cogitados para estrelar o APR deste ano estava o guitarrista Frank Black, ex-líder da seminal Pixies, banda americana que dividia as atenções com o Nirvana na cena alternativa do final dos 80, começo dos 90. Mas o alto valor pedido pelo agente de Black inviabilizou a vinda do recluso ídolo. "Cobraram preço de cachê em festival europeu. Se cidades como São Paulo encontram dificuldade para trazer atrações internacionais, imagine o que acontece aqui no Nordeste, onde o poder aquisitivo da região é bem mais baixo."
Ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, o APR não esticará seus braços indies para São Paulo, que sempre recebia alguns shows da matriz recifense.
Na sexta, 11, o festival é puxado por nomes como O Rappa e Nação Zumbi. No sábado, dia de punk e heavy metal, além do Terrorgruppe, tem a paulistana Shaman, dissidência do Angra, e shows dos capixabas Dead Fish e Mukeka di Rato. No domingo a atração principal é o veterano Ira!. Tocam também o ex-titã Nando Reis e Los Hermanos.
Abril Pro Rock fecha para atrações internacionais
LÚCIO RIBEIROda Folha de S. Paulo
Maior inimigo dos festivais internacionais do Brasil, o dólar (ou a alta do) não conseguiu matar o Abril Pro Rock 2003, mas deixou ferido o principal evento indie brasileiro.
Sem grandes nomes do pop rock estrangeiro, o festival recifense, que ocorre de 11 a 13 de abril, anunciou a programação de sua 11ª edição, voltando o foco para a cena independente nacional.
"É o preço que se paga pela independência. Vamos fazer ajustes devido às circunstâncias, mas nunca iríamos deixar de fazer o festival", afirma Paulo André, o criador e organizador do APR. "Até porque nunca apareceram em nossas mãos trabalhos de bandas independentes nacionais com tanta qualidade como tem ocorrido nos últimos dois anos."
Se nos últimos tempos o festival conseguiu escalar nomes como Asian Dub Foundation, Charlatans e Jon Spencer Blues Explosion, a única atração de chancela gringa a perfilar entre as 23 do APR 2003 é a banda punk alemã Terrorgruppe, que pertence ao respeitado selo Epitaph.
Entre os artistas estrangeiros cogitados para estrelar o APR deste ano estava o guitarrista Frank Black, ex-líder da seminal Pixies, banda americana que dividia as atenções com o Nirvana na cena alternativa do final dos 80, começo dos 90. Mas o alto valor pedido pelo agente de Black inviabilizou a vinda do recluso ídolo. "Cobraram preço de cachê em festival europeu. Se cidades como São Paulo encontram dificuldade para trazer atrações internacionais, imagine o que acontece aqui no Nordeste, onde o poder aquisitivo da região é bem mais baixo."
Ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, o APR não esticará seus braços indies para São Paulo, que sempre recebia alguns shows da matriz recifense.
Na sexta, 11, o festival é puxado por nomes como O Rappa e Nação Zumbi. No sábado, dia de punk e heavy metal, além do Terrorgruppe, tem a paulistana Shaman, dissidência do Angra, e shows dos capixabas Dead Fish e Mukeka di Rato. No domingo a atração principal é o veterano Ira!. Tocam também o ex-titã Nando Reis e Los Hermanos.
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