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26/02/2003
-
20h43
O escritor alemão Günter Grass, 75, disse hoje em Madri que a posição de apoio aos EUA, adotada pelo governo espanhol na crise iraquiana, contrária à opinião pública espanhola, está levando a Espanha de volta "aos tempos pré-democráticos".
"A Espanha é uma jovem democracia como a Alemanha do pós-guerra. Se seus dirigentes ignoram a opinião de seu povo para se converter em vassalos dos Estados Unidos, volta-se aos tempos pré-democáticos", disse Grass, que lançava em Madri a tradução espanhola de seu romance "Im Krebsgang".
"Não quero me meter na política espanhola, mas o presidente não se comporta de maneira democrática se deprecia a opinião da maioria", disse o autor de "O Tambor" e Nobel de Literatura em 1999.
"(José María) Aznar está em péssima companhia com (Silvio) Berlusconi (presidente do conselho italiano) se quiser conseguir um consenso na Europa", afirmou.
O escritor alemão se declarou "orgulhoso" da posição que adotaram Alemanha e França ao se oporem a uma guerra contra o Iraque, acrescentando que "seria bom que a Espanha" fizesse parte desse grupo, pois "é necessário que a Europa esteja unida para agir".
"Im Krebsgang", que relata o ataque de um submarino soviético contra um navio de refugiados alemães em 1945, causando 9.000 mortes, gerou polêmica na Alemanha.
"O tema das vítimas alemãs foi tabu durante muito tempo", explicou Günter Grass. "Fala-se muito de nossa responsabilidade. Tenho abordado o tema com frequência e creio que também temos o direito de falar de nossos mortos (...) sempre lembrando quem começou. A ordem dos fatos é muito importante", disse.
Escritor Günter Grass critica apoio da Espanha à política dos EUA
da France Presse, em MadriO escritor alemão Günter Grass, 75, disse hoje em Madri que a posição de apoio aos EUA, adotada pelo governo espanhol na crise iraquiana, contrária à opinião pública espanhola, está levando a Espanha de volta "aos tempos pré-democráticos".
"A Espanha é uma jovem democracia como a Alemanha do pós-guerra. Se seus dirigentes ignoram a opinião de seu povo para se converter em vassalos dos Estados Unidos, volta-se aos tempos pré-democáticos", disse Grass, que lançava em Madri a tradução espanhola de seu romance "Im Krebsgang".
"Não quero me meter na política espanhola, mas o presidente não se comporta de maneira democrática se deprecia a opinião da maioria", disse o autor de "O Tambor" e Nobel de Literatura em 1999.
"(José María) Aznar está em péssima companhia com (Silvio) Berlusconi (presidente do conselho italiano) se quiser conseguir um consenso na Europa", afirmou.
O escritor alemão se declarou "orgulhoso" da posição que adotaram Alemanha e França ao se oporem a uma guerra contra o Iraque, acrescentando que "seria bom que a Espanha" fizesse parte desse grupo, pois "é necessário que a Europa esteja unida para agir".
"Im Krebsgang", que relata o ataque de um submarino soviético contra um navio de refugiados alemães em 1945, causando 9.000 mortes, gerou polêmica na Alemanha.
"O tema das vítimas alemãs foi tabu durante muito tempo", explicou Günter Grass. "Fala-se muito de nossa responsabilidade. Tenho abordado o tema com frequência e creio que também temos o direito de falar de nossos mortos (...) sempre lembrando quem começou. A ordem dos fatos é muito importante", disse.
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