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10/03/2003
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12h24
free-lance para a Folha de S.Paulo
No ano passado, o Espírito Santo revelou alguns nomes do reggae para o público brasileiro como Macucos e Rasta Clone. Mas engana-se quem acha que a capital, Vitória, não produza rock dos bons.
O [mono] nasceu em maio de 2002 e, em junho, assinou com um dos selos mais ativos do Brasil, o Highlight Sounds (de São Paulo). Um EP homônimo foi lançado em outubro, com seis canções -o suficiente para conferir o potencial do grupo.
Formado em março de 2002 por ex-membros de bandas de hardcore, como o ícone nativo Dead Fish e o melódico Fi.N.F, o [mono] reúne Rafael Braz (voz), Jorge Fernandes (baixo), Marcelo Buteri (bateria) e, nas guitarras, Alexandre Barcelos e Giuliano de Landa.
A escolha de cantar em português não poderia ser melhor. Aliás, [mono] é a primeira banda do selo a cantar em português. As letras esbanjam emoções. "Quero que as pessoas ouçam e interpretem do jeito que quiserem", diz o vocalista Rafael Braz.
Duas faixas levam nomes em latim: "Erga Omnes" e "Requiem". A primeira abre o disco e seu nome é tirado de um termo jurídico que quer dizer "Contra Todos". É o single perfeito: letra tensa, vocal desesperado e angustiante, e instrumental bastante caprichado. Um diferencial do [mono] são as excelentes bases, sempre transbordando energia.
As composições carregam tons bem pessoais, bradando sentimentos. A já citada "Requiem", que significa "Repouso", de calmaria não tem nada. A canção mescla amor e ódio com entonação rancorosa e sinceridade explícita.
Entre as influências, eles citam o estupendo Hot Water Music, o clássico Fugazi e os californianos do Samiam, com quem o [mono] fez dois shows no ano passado.
"O Samiam é uma forte influência, foi ótimo viajar e tocar com eles", diz Rafael. Sobre o tão em voga rótulo "emo", o vocalista diz que ele limita e rotula demais o som. "Não gosto que chamem a gente de 'emo'", pondera Rafael.
A previsão de um CD completo é para este ano. Enquanto isso, vale a pena conhecer a banda em suas apresentações. Boa oportunidade será no Hangar 110 (r. Rodolfo Miranda, 110) nesta sexta-feira (14/ 3), às 19h, junto com as bandas Chipset Zero, White Frogs, Seven I Lie e Porka Loka.
Contatos: www.monorockers.com e www.highlightsounds.com
Vitória (ES) também produz rock dos bons
RICARDO TIBIUfree-lance para a Folha de S.Paulo
No ano passado, o Espírito Santo revelou alguns nomes do reggae para o público brasileiro como Macucos e Rasta Clone. Mas engana-se quem acha que a capital, Vitória, não produza rock dos bons.
O [mono] nasceu em maio de 2002 e, em junho, assinou com um dos selos mais ativos do Brasil, o Highlight Sounds (de São Paulo). Um EP homônimo foi lançado em outubro, com seis canções -o suficiente para conferir o potencial do grupo.
Formado em março de 2002 por ex-membros de bandas de hardcore, como o ícone nativo Dead Fish e o melódico Fi.N.F, o [mono] reúne Rafael Braz (voz), Jorge Fernandes (baixo), Marcelo Buteri (bateria) e, nas guitarras, Alexandre Barcelos e Giuliano de Landa.
A escolha de cantar em português não poderia ser melhor. Aliás, [mono] é a primeira banda do selo a cantar em português. As letras esbanjam emoções. "Quero que as pessoas ouçam e interpretem do jeito que quiserem", diz o vocalista Rafael Braz.
Duas faixas levam nomes em latim: "Erga Omnes" e "Requiem". A primeira abre o disco e seu nome é tirado de um termo jurídico que quer dizer "Contra Todos". É o single perfeito: letra tensa, vocal desesperado e angustiante, e instrumental bastante caprichado. Um diferencial do [mono] são as excelentes bases, sempre transbordando energia.
As composições carregam tons bem pessoais, bradando sentimentos. A já citada "Requiem", que significa "Repouso", de calmaria não tem nada. A canção mescla amor e ódio com entonação rancorosa e sinceridade explícita.
Entre as influências, eles citam o estupendo Hot Water Music, o clássico Fugazi e os californianos do Samiam, com quem o [mono] fez dois shows no ano passado.
"O Samiam é uma forte influência, foi ótimo viajar e tocar com eles", diz Rafael. Sobre o tão em voga rótulo "emo", o vocalista diz que ele limita e rotula demais o som. "Não gosto que chamem a gente de 'emo'", pondera Rafael.
A previsão de um CD completo é para este ano. Enquanto isso, vale a pena conhecer a banda em suas apresentações. Boa oportunidade será no Hangar 110 (r. Rodolfo Miranda, 110) nesta sexta-feira (14/ 3), às 19h, junto com as bandas Chipset Zero, White Frogs, Seven I Lie e Porka Loka.
Contatos: www.monorockers.com e www.highlightsounds.com
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