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17/03/2003 - 18h26

Com vocalista brasileira, holandesa Zuco 103 toca em SP e no Rio

AUGUSTO PINHEIRO
da Folha Online

Há 13 anos, a fluminense Lilian Vieira casou com um holandês e se mandou para os Países Baixos. Para ganhar dinheiro, a ex-estudante de enfermagem começou a cantar na noite de Amsterdã. Hoje, já separada do marido, ela comanda os vocais da banda Zuco 103 -que mistura música brasileira e eletrônica.

Divulgação
Stefan Kruger, Lilian e Stefan Schmid, da Zuco 103

Esta semana, pela primeira vez, o grupo toca no Brasil: dia 20/3, no Espaço Urbano, em São Paulo, e 21/3, no Ballroom, no Rio. Antes, Lilian, o baterista holandês Stefan Kruger e o tecladista alemão Stefan Schmid se apresentam na abertura do evento "Holanda Hoje - Arte, Design, Urbanismo e Responsabilidade Social", quarta-feira (19/3), apenas para convidados, em São Paulo.

"É uma grande responsabilidade tocar aqui", diz Lilian. "A banda me trouxe de volta para casa." O Zuco 103 já se apresentou no Japão, nos EUA e em vários países da Europa.

"Acho bom também que finalmente eles [integrantes da banda] possam conhecer o Brasil. Sempre me ouviram falar das frutas, das pessoas..."

Além dos três integrantes, a Zuco 103 se apresenta com um baixista, um DJ e um percussionista. A grande maioria das letras das canções está em português -apenas algumas em inglês.

"Lá fora eles não sabem o que estou cantando, mas explico nos shows. Então, eles se deixam levar mais pelo ritmo", explica Lilian.

E o "ritmo", na verdade, é uma mistura de ritmos. O segundo CD, "Tale of High Fever", lançado ano passado, passeia por funk, afrobeat, bossa nova e até disco music _com um pé forte na "lounge music". O primeiro, "Outro Lado" (99), envereda pelo drum'n'bass.

O trio compõe em conjunto, mas as letras são de Lilian, que coloca nas músicas suas experiências pessoais. No segundo CD, despejou os sentimentos do final de um relacionamento, como raiva e depressão.

O nome da banda, Zuco 103, foi sugerido pelo baterista Stefan, que, com seu português truncado, quis dizer "suco". Lilian gostou da pronúncia errada e o nome foi aprovado. "O 103 é o teor alcóolico", explica a vocalista.

Além do repertório próprio, o grupo gravou versões, como "O Homem da Gravata Florida" e "Bebete Vambora", de Jorge Ben Jor, e "Maracatu Atômico", de Jorge Mautner.

O show, segundo Lilian, será o mesmo apresentado no exterior -com músicas dos dois CDs.

Começo

Depois de desistir de recomeçar o curso de enfermagem na Holanda, Lilian começou a cantar na noite e, depois, se inscreveu em um curso de canto no conservatório de Roterdã.

Foi lá que conheceu o baterista Stefan Kruger, apaixonado por música brasileira. "Montamos um quinteto de bossa nova e jazz", conta Lilian.

Depois, participaram de um projeto com músicos indianos e africanos, quando Lilian conheceu Stefan Schmid. Os três fizeram uma música juntos e, depois, gravaram um CD, que teve uma faixa incluída em uma coletânea de música brasileira lançada em Nova York -pelo selo Ziriguiboom, de Béco Dranoff, que descobriu a banda.

Depois disso, o primeiro CD foi lançado pela gravadora belga Crammed (parceira da Ziriguiboom), que também lançou o segundo -indicado ao prêmio local Edson Awards.

"Na Holanda, rola tudo. As cenas rock e eletrônica são muito fortes. Mas eles adoram ritmos latinos", diz Lilian.

Zuco 103

São Paulo
Quando: quinta-feira (20/3), à 0h30
Quanto: R$ 25 (homem) e R$ 10 (mulher)
Onde: Espaço Urbano (r. Cardeal Arcoverde, 614, Pinheiros, tel. 0/xx/11/3085-1001)

Rio de Janeiro
Quando: sexta-feira (21/3)
Quanto: R$ 15 (com flyer) e R$ 20 (sem flyer)
Onde: Ballroom (r. Humaitá, 110, tel. 0/xx/21/2537-7600)

Especial
  • Ouça a música "Treasure", do CD "Tales of High Fever"

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