Filha de Mitterrand narra infanticídio semelhante a caso real em livro

O romance "Le Cimetière des Poupées" (O Cemitério das Bonecas, em tradução livre), de Mazarine Pingeot, ainda não foi publicado, mas já começou a levantar polêmica na França com publicação de pequenos trechos.

Reuters/Jack Dabaghian

Mazarine Pingeot levanta polêmica com história de infanticídio em livro

Mazarine, filha fora do casamento do ex-presidente francês François Mitterrand, fala de um infanticídio no livro.

A descrição é muito semelhante a um caso que comoveu o país em 2006 --o de dois recém-nascidos descobertos mortos no congelador de um casal de franceses, Jean-Louis e Véronique Courjault, na Coréia do Sul.

Véronique negou no começo ser a mãe das crianças, mas confessou posteriormente e ainda agregou um terceiro infanticídio a seu depoimento.

A família Courjault organizou uma petição na França para evitar a publicação do livro, que acorre em 22 de agosto. Até o momento, segundo o jornal francês "Le Monde", 200 assinaturas foram recolhidas.

"Não há a intenção de ingressar com uma ação contra o livro, que nós ignoramos o conteúdo e não queremos fazer propaganda", disse a advogada de Véronique, Hélène Delhommais ao jornal francês.

A mãe de Jean-Louis Courjault enviou em junho uma carta à editora Julliard para pedir a não publicação do livro antes do final da instrução penal.

"Esta polêmica me surpreendeu", disse a escritora à rádio France Info. Ela disse que compreendia a angústia da família Courjault, mas que seu livro "nada tem a ver com o assunto".

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