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23/03/2003 - 16h16

Qualquer outro resultado que não seja "Chicago" será zebra

PEDRO BUTCHER
crítico da Folha

O Oscar é um prêmio pragmático, talvez o único que ofereça resultados concretos para o felizardo que o leva para casa. Em média, o vencedor da categoria principal vê a bilheteria crescer cerca de 30%, sem contar receitas internacionais. Os acadêmicos levam esse fato em consideração na hora de votar e costumam escolher o filme com maior chance de se beneficiar do prêmio.

E esse filme, este ano, é "Chicago". Graças às suas 13 indicações, ele já abandonou o nicho do circuito de arte e está faturando igualzinho aos blockbusters (até agora, com mais de US$ 100 milhões em caixa).

A estréia do coreógrafo Rob Marshall na direção é o retrato falado da competência do cinema americano, uniu crítica e público em reações favoráveis e, mais importante, confirmou a volta de um gênero adorado em Hollywood: o musical.

Enquanto "Chicago" reúne todas as características de um filme "oscarizável", todos os outros indicados guardam algum porém. "O Pianista", sobre a Segunda Guerra, tema favorito dos acadêmicos, talvez fosse o eleito do ano se seu diretor, Roman Polanski, não tivesse sido banido dos EUA. De qualquer forma, ainda é a maior ameaça ao musical.

"As Horas" é intimista demais para receber votos em quantidade, e nem dez indicações foram suficientes para fazê-lo decolar na bilheteria.

Se "O Senhor dos Anéis 1" levou o maior número de indicações em 2002 e não levou o prêmio principal, não vai ser o segundo que vai fazê-lo. E há "Gangues de Nova York", violento e imperfeito demais para uma sociedade acadêmica.

Por várias razões, sobra "Chicago", e qualquer outro resultado será uma zebra.

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