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22/03/2003
-
18h07
da Folha de S.Paulo, em Curitiba
A recepção na entrada do teatro Londrina _girassóis verdadeiros suportados por hastes de metal_ para o espetáculo "Vermelho Sangue Amarelo Surdo" não deixa dúvidas: trata-se de mais uma tentativa de desvelar o complexo e inesgotável universo de Van Gogh.
O tema, invariavelmente, coloca a assistência esclarecida na defensiva, o que tornou a estréia, na tarde de ontem (sexta-feira, dia 21), do solo de Ranieri Gonzalez (ator de "Esperança", novela recém-exibida na Globo), um misto de apreensão _especialmente por se tratar de uma estréia no Fringe_ e curiosidade, em virtude do carisma do ator paranaense.
O autor e diretor Edson Bueno optou por uma visão otimista do personagem, sem necessariamente omitir os aspectos ácidos da biografia de Van Gogh, particularmente em relação a Paul Gauguin, no que resultou um texto correto com propriedades acertadamente didáticas, principalmente em relação à radicalidade ética, princípio por demais esquecido em tempos de mercado e guerra.
O espetáculo é digno de alguns momentos sublimes se comparado à fruição de um amante da arte diante de um quadro de Van Gogh, ora na interpretação de Gonzalez _que surpreendentemente não é superficial_ ora na composição dos quadros da cena que inteligentemente nos leva para o universo do artista sem pieguices nem maniqueísmos.
O senão fica por conta das eventuais falhas técnicas do espetáculo, principalmente na iluminação que carece de urgente afinação.
A peça fica na sala Londrina, em Curitiba, até dia 27. Será apresentada neste domingo, às 18h, na segunda, às 15h, na terça, à meia-noite, na quarta, às 21h, e na quinta, às 15h.
Avaliação:
Especial
Confira o que acontece no Festival de Teatro de Curitiba
Peça é sublime como a fruição de um amante da arte de Van Gogh
BETO LANZAda Folha de S.Paulo, em Curitiba
A recepção na entrada do teatro Londrina _girassóis verdadeiros suportados por hastes de metal_ para o espetáculo "Vermelho Sangue Amarelo Surdo" não deixa dúvidas: trata-se de mais uma tentativa de desvelar o complexo e inesgotável universo de Van Gogh.
O tema, invariavelmente, coloca a assistência esclarecida na defensiva, o que tornou a estréia, na tarde de ontem (sexta-feira, dia 21), do solo de Ranieri Gonzalez (ator de "Esperança", novela recém-exibida na Globo), um misto de apreensão _especialmente por se tratar de uma estréia no Fringe_ e curiosidade, em virtude do carisma do ator paranaense.
O autor e diretor Edson Bueno optou por uma visão otimista do personagem, sem necessariamente omitir os aspectos ácidos da biografia de Van Gogh, particularmente em relação a Paul Gauguin, no que resultou um texto correto com propriedades acertadamente didáticas, principalmente em relação à radicalidade ética, princípio por demais esquecido em tempos de mercado e guerra.
O espetáculo é digno de alguns momentos sublimes se comparado à fruição de um amante da arte diante de um quadro de Van Gogh, ora na interpretação de Gonzalez _que surpreendentemente não é superficial_ ora na composição dos quadros da cena que inteligentemente nos leva para o universo do artista sem pieguices nem maniqueísmos.
O senão fica por conta das eventuais falhas técnicas do espetáculo, principalmente na iluminação que carece de urgente afinação.
A peça fica na sala Londrina, em Curitiba, até dia 27. Será apresentada neste domingo, às 18h, na segunda, às 15h, na terça, à meia-noite, na quarta, às 21h, e na quinta, às 15h.
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