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24/03/2003 - 04h37

Crítica: Fringe adere ao expressionismo do "freak show"

SÉRGIO SALVIA COELHO
da Folha de S. Paulo, em Curitiba

O que há por trás da cortina? Desafiada a surpreender, Curitiba busca alternativas para o realismo e, surpresa, experimenta saídas e cai em armadilhas semelhantes. Já no primeiro dia dá para distinguir um mecanismo dominante: um grupo pesquisa uma linguagem alternativa, se apaixona por ela e acaba perdendo o pé da história que contava.

Assim, a jovem companhia Persona, de Florianópolis, explora o universo kafkaniano em "F" a partir de um bem embasado expressionismo, mas, apesar de atuações sensíveis, a trama se limita a pouco mais que um "freak show".

"Cartas de Desamor", sobre conflitos conjugais, funciona enquanto descompromissado improviso com a platéia, garantido pela debochada Ludimila Nascarella. Quando "a sério", só escapa do tédio por golpes de marketing cênico.

"João and Maria", da Cia. Senhas, continua a pesquisa de "Devora-te-me", que ficou entre as cinco melhores do Fringe no ano passado. Apesar de cenas fascinantes (um diálogo em tatibitate entre babá e menina), a montagem acaba naufragando em auto-indulgência, contagiada pela mediocridade televisiva que quer criticar.

A grande promessa do primeiro dia, então, ficou por conta de "A Volta ao Dia". Baseado no universo de Cortázar, o espetáculo não foge à regra do cotidiano contado em fragmentos coreografados, mas tem o trunfo de duas grandes atrizes, Maureen Miranda e Christiane Macedo, que surpreendem com um princípio simples: a sinceridade.

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