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24/03/2003
-
11h39
da Folha de S.Paulo
Por que as meninas adoram as historinhas japonesas? Há 30 anos debruçada sobre os mangás, a professora de comunicação e especialista em HQs, Sonia Bib Luyten, 54, autora do livro "Mangá, o Poder dos Quadrinhos Japoneses" (ed. Hedra), explica que, antes do mangá, não havia nada direcionado às adolescentes.
"No Japão, há quadrinhos para todas as faixas etárias e divididos por sexo", explica. Segundo ela, os desenhistas japoneses têm idade próxima à dos fãs e sabem o que acontece em seu cotidiano, por isso a identificação dos leitores com as histórias.
Luyten afirma que o número de meninas que lêem HQs no Brasil aumentou consideravelmente depois da onda de lançamentos dos anos 90. "O mangá existia desde que os imigrantes japoneses vieram para cá. Os brasileiros não descendentes é que nunca perceberam isso", explica a professora.
Foi somente depois de emplacar nos EUA e na Europa que as HQs japonesas chegaram por aqui, por meio de games, dos "animes" e dos mangás. Algumas das séries que fizeram sucesso entre as meninas foram "Candy Candy", "A Princesa e o Cavaleiro", "Sakura Card Captors", "Yu Yu Hakusho", "Love Hina" e, mais recentemente, "Fushigi Yûgi" e "Evangelion".
A chegada dos mangás também deu abertura para personagens brasileiras mais atiradinhas como a "Aline", do cartunista Adão Iturrusgarai. "As adolescentes se identificam muito com ela, que é forte e sedutora", diz a professora Maria Cristina Merlo, 40, autora da tese "Um Século de HQ no Brasil".
Outro fenômeno impulsionado pelas HQs japonesas foi o surgimento de uma geração de mulheres roteiristas que estão criando histórias com características brasileiras. Algumas delas serão reunidas no álbum "Mangá Tropical" (ed. Via Lettera), que deve ser lançado ainda neste mês.
Retrato de situações do cotidiano garante identificação com HQs
ADRIANA FERREIRAda Folha de S.Paulo
Por que as meninas adoram as historinhas japonesas? Há 30 anos debruçada sobre os mangás, a professora de comunicação e especialista em HQs, Sonia Bib Luyten, 54, autora do livro "Mangá, o Poder dos Quadrinhos Japoneses" (ed. Hedra), explica que, antes do mangá, não havia nada direcionado às adolescentes.
"No Japão, há quadrinhos para todas as faixas etárias e divididos por sexo", explica. Segundo ela, os desenhistas japoneses têm idade próxima à dos fãs e sabem o que acontece em seu cotidiano, por isso a identificação dos leitores com as histórias.
Luyten afirma que o número de meninas que lêem HQs no Brasil aumentou consideravelmente depois da onda de lançamentos dos anos 90. "O mangá existia desde que os imigrantes japoneses vieram para cá. Os brasileiros não descendentes é que nunca perceberam isso", explica a professora.
Foi somente depois de emplacar nos EUA e na Europa que as HQs japonesas chegaram por aqui, por meio de games, dos "animes" e dos mangás. Algumas das séries que fizeram sucesso entre as meninas foram "Candy Candy", "A Princesa e o Cavaleiro", "Sakura Card Captors", "Yu Yu Hakusho", "Love Hina" e, mais recentemente, "Fushigi Yûgi" e "Evangelion".
A chegada dos mangás também deu abertura para personagens brasileiras mais atiradinhas como a "Aline", do cartunista Adão Iturrusgarai. "As adolescentes se identificam muito com ela, que é forte e sedutora", diz a professora Maria Cristina Merlo, 40, autora da tese "Um Século de HQ no Brasil".
Outro fenômeno impulsionado pelas HQs japonesas foi o surgimento de uma geração de mulheres roteiristas que estão criando histórias com características brasileiras. Algumas delas serão reunidas no álbum "Mangá Tropical" (ed. Via Lettera), que deve ser lançado ainda neste mês.
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