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25/03/2003
-
04h00
da Folha de S. Paulo
Chuva em São Paulo é facilmente associada a caos _e particularmente a um trânsito bem complicado. Sem destituí-la completamente desse sentido, mas sobretudo dando-lhe outros mais enaltecedores, o artista visual Tadeu Jungle lança o ensaio "Heavy Rain", com fotografias digitais tiradas de dentro de um carro em dias de chuva que estão disponíveis no site www.tadeujungle.com.br/heavyrain.
Jungle, 46, um dos principais nomes do vídeo brasileiro nos anos 80, destaca a similaridade entre o visor das câmeras de vídeo e de fotografia digital. "Quando comecei a mexer com câmeras digitais, fiquei impressionado com a semelhança com o vídeo e me familiarizei com elas facilmente. Além disso, o próprio processo é muito semelhante ao do vídeo, já que dá para ver o que foi feito instantaneamente", diz Jungle.
A idéia de expor fotos digitais nasceu da exposição "Estradas, Camas e Reflexões", que o artista fez na galeria Valu Oria, em 2001, com fotos em 35 mm. "O [artista plástico José Roberto] Aguilar viu as fotografias e me disse que aquilo era vídeo, que o meu olhar era um olhar de vídeo. Agora, fazendo as fotos, percebi que existe mesmo um olhar bem particular de quem se acostuma a uma camera de vídeo. É um 'approach' diferente do de um fotógrafo, nem sei se há explicação direito."
Tadeu Jungle arquivou as fotos no computador e, das quase 1.000 que resultaram dos períodos de chuva entre setembro de 2002 e fevereiro deste ano, 40 estão disponíveis no site.
"Essa máquina anda sempre comigo. Comecei a tirar fotos meio por acaso, mas, depois, quando chovia, eu já ia pra rua e comecei a encarar mais como trabalho."
As fotos disponibilizadas no site vão estar à venda, em papel, na galeria Valu Oria (al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.403, tel. 0/ xx/11/3083-0811). Não seria uma contradição, já que o trabalho é essencialmente digital? Jungle diz que "esse trânsito de mídia me interessa bastante. E as pessoas costumam querer ter um exemplar das fotos. Foram feitos vários testes de como passar para o papel, até chegar à melhor maneira de traduzi-las para o papel. Não foi apenas um clique".
Nos próximos meses, as fotografias, avisa Jungle, devem se desdobrar em... vídeo.
Fotografias revelam, na internet, as formas de São Paulo sob chuva
ALEXANDRA MORAESda Folha de S. Paulo
Chuva em São Paulo é facilmente associada a caos _e particularmente a um trânsito bem complicado. Sem destituí-la completamente desse sentido, mas sobretudo dando-lhe outros mais enaltecedores, o artista visual Tadeu Jungle lança o ensaio "Heavy Rain", com fotografias digitais tiradas de dentro de um carro em dias de chuva que estão disponíveis no site www.tadeujungle.com.br/heavyrain.
Jungle, 46, um dos principais nomes do vídeo brasileiro nos anos 80, destaca a similaridade entre o visor das câmeras de vídeo e de fotografia digital. "Quando comecei a mexer com câmeras digitais, fiquei impressionado com a semelhança com o vídeo e me familiarizei com elas facilmente. Além disso, o próprio processo é muito semelhante ao do vídeo, já que dá para ver o que foi feito instantaneamente", diz Jungle.
A idéia de expor fotos digitais nasceu da exposição "Estradas, Camas e Reflexões", que o artista fez na galeria Valu Oria, em 2001, com fotos em 35 mm. "O [artista plástico José Roberto] Aguilar viu as fotografias e me disse que aquilo era vídeo, que o meu olhar era um olhar de vídeo. Agora, fazendo as fotos, percebi que existe mesmo um olhar bem particular de quem se acostuma a uma camera de vídeo. É um 'approach' diferente do de um fotógrafo, nem sei se há explicação direito."
Tadeu Jungle arquivou as fotos no computador e, das quase 1.000 que resultaram dos períodos de chuva entre setembro de 2002 e fevereiro deste ano, 40 estão disponíveis no site.
"Essa máquina anda sempre comigo. Comecei a tirar fotos meio por acaso, mas, depois, quando chovia, eu já ia pra rua e comecei a encarar mais como trabalho."
As fotos disponibilizadas no site vão estar à venda, em papel, na galeria Valu Oria (al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.403, tel. 0/ xx/11/3083-0811). Não seria uma contradição, já que o trabalho é essencialmente digital? Jungle diz que "esse trânsito de mídia me interessa bastante. E as pessoas costumam querer ter um exemplar das fotos. Foram feitos vários testes de como passar para o papel, até chegar à melhor maneira de traduzi-las para o papel. Não foi apenas um clique".
Nos próximos meses, as fotografias, avisa Jungle, devem se desdobrar em... vídeo.
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