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18/04/2003 - 05h02

Novo blog espalha "virunduns" da MPB

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
da Folha de S.Paulo

O que é um "virundum"? A idéia não é nova lá fora, mas causa frisson agora na internet brasileira o blog "Virunduns", que faz corruptela com o "ouviram do Ipiranga" do "Hino Nacional" para designar justamente isto: letras de música que entendíamos errado quando éramos crianças (ou não).

Inaugurado há menos de um mês, o blog (http://virunduns.blogger.com.br) já conta com centenas de contribuições, que compõem um inventário de "virunduns" de várias épocas.

Já se percebe, por exemplo, que Djavan e os Paralamas do Sucesso são recordistas absolutos em provocar "virunduns". Djavan colabora com várias canções, mas "Açaí" ("açaí/guardiã/ zum de besouro/ um ímã") bate todas. Há quem cante "ao sair do avião", "um divisor", "um limão", "uma irmã"...

Os Paralamas lideram com o trecho "Alagados, Trenchtown/ favela da maré", de "Alagados". Trenchtown vira "cristal", "central", "trens estão", "Flintstones", "Uzbequistão"; "favela da Maré" vira "na beira da maré", "favela do Avaré"...

Na contagem de comentários dos leitores sobre cada item postado, os três rapazes que comandam o blog celebram o clássico "virundum" de "tocando B.B. King sem parar" ("Noite do Prazer", do grupo Brylho). Ali, contabilizam quantas pessoas "trocaram de biquíni sem parar".

O NÃO-LANÇAMENTO


Diretor musical de momentos como a estréia de Caetano e Gal em LP (em 67) e a trilha do "Sítio do Picapau Amarelo" (77), Dori Caymmi está prestes a lançar o novo "Contemporâneos", em que canta com os irmãos Nana e Danilo, Edu Lobo, Chico, Caetano etc. Enquanto isso, sua pequena discografia de MPB densa e elaborada continua quase toda abandonada. É o caso deste álbum homônimo de 1980, que reuniu versões do próprio autor para músicas que ele havia criado para festivais da canção ("Saveiros"), filmes de cinema ("Tati, a Garota") e telenovelas como "Gabriela" ("Porto", "Alegre Menina") e "Terras do Sem-Fim" ("Estrela da Terra"). Está no catálogo da gravadora EMI.

ONZE CENTAVOS

A indústria fonográfica se cala sobre a "estréia" da lei da numeração, na próxima terça, mas já há chiadeira no mercado independente. Segundo pequenas gravadoras, as fábricas já estão cobrando R$ 0,11 por cópia prensada, para inserir as exigências da lei nos CDs.

CDR É O CULPADO

O empresário de artistas Steve Altit, membro da comissão da numeração, defende proposta polêmica para o Brasil tentar coibir a pirataria: encarecer o CD virgem (CDR), que hoje piratas (e não-piratas) podem adquirir facilmente por preços como R$ 1,50.

CDR NÃO É O CULPADO

O diretor-geral da Associação Brasileira dos Produtores de Discos, Paulo Rosa, desacredita da alternativa. "Grande parte dos CDRs usados pela pirataria chegam ao país por importação fraudulenta ou contrabando", diz. Ele cita que o Paraguai, cujo mercado legal movimenta 300 mil CDs por ano, importou em 2002 100 milhões de CDRs. Um dos problemas estaria, portanto, na fronteira com o Paraguai.
 

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