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25/09/2007 - 08h45

Após show "tiro no pé", Cansei de Ser Sexy volta a tocar no Brasil

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THIAGO NEY
da Folha de S.Paulo

Em novembro, a banda Cansei de Ser Sexy voltará a fazer show no Brasil depois de um intervalo de quase um ano e meio, tempo que passou excursionando pelo mundo. A apresentação servirá para exorcizar um fantasma e acontecerá num dos momentos mais turbulentos da curta e surpreendente história do grupo paulistano.

Paulo Fehlauer/Divulgação
Cansei de Ser Sexy volta a tocar no Brasil após quase 18 meses de "jejum nacional"
Cansei de Ser Sexy volta a tocar no Brasil após quase 18 meses de "jejum nacional"

O fantasma que assombra o CSS é o do show do Tim Festival de 2004. Foi a primeira grande apresentação dessa banda, que pouco tempo antes tocava apenas em clubes minúsculos de São Paulo.

No Tim Festival, tiveram de afinar os instrumentos em cima do palco, o que atrasou a programação do evento (logo depois entraria a dupla belga 2ManyDJs) e irritou parte do público, que chegou a vaiar a banda. Para muitos, o CSS ficou marcado por aquele show.

"Eu não faço idéia do que dizer a respeito daquele show. Foi um tiro no pé que nos deixou mais fortes", disse à Folha o baterista do CSS, Adriano Cintra. "As pessoas que importavam entenderam do que a gente era capaz e o que a gente pretendia com aquele show. Não nos deixar passar o som foi uma palhaçada que até hoje eu tenho raiva. Muita gente falou mal, muita gente ainda vai falar mal e eu tenho coisas mais importantes para me preocupar."

O Cansei de Ser Sexy volta ao Brasil como atração do festival Planeta Terra, que acontece na Villa dos Galpões, em São Paulo em 10 de novembro.

Após o lançamento no Brasil do primeiro disco, homônimo, em outubro de 2005, a banda infiltrou-se no circuito roqueiro europeu e norte-americano, tendo tocado nos principais festivais do mundo, do Coachella (Estados Unidos) ao Summer Sonic (Japão), passando por Glastonbury (Inglaterra).

No Brasil, o álbum do CSS vendeu até hoje 20 mil cópias, de acordo com a gravadora Trama. O segundo disco da banda já está quase todo composto, disse Adriano Cintra. O grupo não tem mais contrato com a Trama, e o álbum pode sair pela Sub Pop (selo norte-americano que lançou no exterior o primeiro disco).

Desentendimentos

A volta do CSS ao Brasil coincide com um dos períodos mais turbulentos desde que foi criada, em 2003. Recentemente, a banda desentendeu-se com o empresário Eduardo Ramos, que não cuida mais dos negócios do grupo.

Tanto os integrantes do CSS como o empresário não comentam o assunto. Segundo a Folha apurou, os problemas aconteceram devido a desentendimentos envolvendo contratos firmados pela banda, repasse de verbas e emissão de passagens aéreas. Ambas as partes já constituíram advogados para tratar da questão.

Paralelamente a isso, há um outro atrito relacionado ao CSS envolvendo a Trama e o empresário. Em um inquérito policial, a gravadora afirma ter havido alteração nos contratos firmados entre a Trama, a banda e a Sub Pop. "Acreditamos que esse desencontro de informação foi gerado por nosso interlocutor [Eduardo Ramos]", afirma João Marcello Bôscolli, executivo da Trama.

"Esse contrato foi assinado em fevereiro de 2006. A primeira vez que o Eduardo pisou nos Estados Unidos foi em junho de 2006. Ou seja, não foi ele quem levou esse contrato aos EUA", rebate os advogados do empresário, André Milchtein e Fábio Tufic.

Problemas à parte, o Cansei de Ser Sexy continua sua turnê européia abrindo os show da cantora norte-americana Gwen Stefani em lugares como Wembley Arena, em Londres.

"Estamos tocando em lugares bem grandes, em arenas para uma média de 8.000 pessoas", conta Cintra. "Como o público da Gwen é composto em grande parte por jovens, temos nos dado muito bem."

Sobre a apresentação brasileira de novembro, Cintra diz: "Olha, eu nem sei o que esperar. Espero que o equipamento de som seja bom. Estamos indo com toda a nossa equipe: iluminador, roadie, técnico de som, tour manager. Vai ser o mesmo show que fizemos nos festivais de verão aqui na Europa. Acho que a meia dúzia de fãs que a gente tem aí mais as nossas famílias finalmente vão ver o que a gente fez esse tempo todo. Quem não gostar pode ir tomar uma cerveja, a gente vai receber o cachê do mesmo jeito".

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