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17/05/2003
-
07h10
da Folha de S.Paulo, no Rio
Em pleno reino do gigantismo editorial, os 55 mil m2 da Bienal do Rio, está surgindo uma concepção bastante antagônica de um evento em torno das possibilidades que o livro tem.
Nada de prediões-caixote em lugar inóspito recheados de estandes pomposos, praças de alimentação e quejandos. A Festa Literária Internacional de Paraty, que será lançada durante o megaevento carioca, deixa disso apenas sumo.
A Flip terá basicamente escritores qualificados e seus leitores, em um fim de semana de agosto na charmosa cidade colonial no litoral do Rio de Janeiro.
Pelo menos um quinteto de autores de assinar embaixo já confirmaram presença neste ano: o historiador Eric Hobsbawm e os romancistas Julian Barnes e Hanif Kureishi (Reino Unido), Michael Ondaatje (Canadá) e Daniel Mason (EUA).
Pontas-de-lança das letras brasileiras estarão como eles em debates e leituras, entre eles Ferreira Gullar, Luis Fernando Verissimo, Marçal Aquino etc.
Idealizado pela editora inglesa Liz Calder (da poderosa Bloomsbury), que importou inspiração de festivais literários britânicos como o de Edimburgo e de Hay, o convescote, dirigido pelo jornalista Flávio Pinheiro, deverá ser anual.
Rei Salomão
A morte repentina de Waly Salomão não pára de render homenagens. Caetano Veloso confirmou de última hora que participa na segunda de debate sobre ele na Bienal. O editor Paulo Rocco dedicou ao poeta o megaevento carioca na cerimônia de abertura. O autor de "Vapor Barato" também está tendo seu nome dado a bibliotecas e espaços culturais.
Pomo da concórdia
Lançamento neste mês da charmosa editora espanhola Siruela: "Manzana en el Oscuro", de Clarice Lispector.
Pipocas
Discretamente, a Martins Fontes faz no sábado que vem na Bienal a "première nacional" de um sensível documentário sobre o fundador dessa editora e livraria. Feito pelos filhos Alexandre e Evandro, o filme sobre Waldir Martins Fontes, morto em 2000, tem entrevistas com editores.
Especial
Saiba mais sobre a Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro
Bienal mostra concepção antagônica do livro
CASSIANO ELEK MACHADOda Folha de S.Paulo, no Rio
Em pleno reino do gigantismo editorial, os 55 mil m2 da Bienal do Rio, está surgindo uma concepção bastante antagônica de um evento em torno das possibilidades que o livro tem.
Nada de prediões-caixote em lugar inóspito recheados de estandes pomposos, praças de alimentação e quejandos. A Festa Literária Internacional de Paraty, que será lançada durante o megaevento carioca, deixa disso apenas sumo.
A Flip terá basicamente escritores qualificados e seus leitores, em um fim de semana de agosto na charmosa cidade colonial no litoral do Rio de Janeiro.
Pelo menos um quinteto de autores de assinar embaixo já confirmaram presença neste ano: o historiador Eric Hobsbawm e os romancistas Julian Barnes e Hanif Kureishi (Reino Unido), Michael Ondaatje (Canadá) e Daniel Mason (EUA).
Pontas-de-lança das letras brasileiras estarão como eles em debates e leituras, entre eles Ferreira Gullar, Luis Fernando Verissimo, Marçal Aquino etc.
Idealizado pela editora inglesa Liz Calder (da poderosa Bloomsbury), que importou inspiração de festivais literários britânicos como o de Edimburgo e de Hay, o convescote, dirigido pelo jornalista Flávio Pinheiro, deverá ser anual.
Rei Salomão
A morte repentina de Waly Salomão não pára de render homenagens. Caetano Veloso confirmou de última hora que participa na segunda de debate sobre ele na Bienal. O editor Paulo Rocco dedicou ao poeta o megaevento carioca na cerimônia de abertura. O autor de "Vapor Barato" também está tendo seu nome dado a bibliotecas e espaços culturais.
Pomo da concórdia
Lançamento neste mês da charmosa editora espanhola Siruela: "Manzana en el Oscuro", de Clarice Lispector.
Pipocas
Discretamente, a Martins Fontes faz no sábado que vem na Bienal a "première nacional" de um sensível documentário sobre o fundador dessa editora e livraria. Feito pelos filhos Alexandre e Evandro, o filme sobre Waldir Martins Fontes, morto em 2000, tem entrevistas com editores.
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