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17/05/2003
-
22h28
free-lance para a Folha Online
O musicólogo David Fanshawe apresentou uma palestra descontraída hoje em São Paulo. Compositor de "African Sanctus", espetáculo que recebeu versão brasileira no 7º Cultura Inglesa Festival, o informal inglês cantou e dançou durante o bate-papo.
Ele fez um relato sobre sua viagem pela África mostrando gravações de músicas feitas por lá e imagens dos locais onde foram realizadas.
Em uma situação, por exemplo, ele estava pescando e, ao ouvir um choro, se aproximou de um vilarejo. Lá, foi convidado a acompanhar o enterro de um pescador e gravou o lamento da mãe e da esposa do jovem.
Em outra ocasião, o musicólogo fazia registros quando começou a chover. No local onde se protegeu, acabou gravando a música feita por um senhor. "Esse homem era um grande músico que ensinava às crianças. E, mesmo assim, ele foi brutalmente assassinado e jogado no rio Nilo", comentou. E disse que, devido a isso, escolheu o registro para o momento da crucificação em sua missa heterodoxa "African Sanctus".
Logo depois, ao mostrar fotos de tribos do Uganda, ele voltou a falar sobre assassinatos. "Se vocês forem lá hoje, não vão encontrar ninguém." Todos foram assassinados pela ditadura em 1971.
Ao apresentar a dança bwana, Fanshawe colocou a música para o público e, de repente, começou a fazer os passos afros em plena palestra. Já, ao falar sobre cantos muçulmanos, ele também improvisou, mas cantando.
O músico fez questão de destacar a proximidade do Brasil com a África. Entre seus comentários, ele falou sobre visitas às cidades de Embu em São Paulo e na África. "Lá, no Quênia, existe uma cidade igual, com o mesmo nome, que também é pólo cultural e fica próxima a um grande centro", disse. "Não duvido que alguém de lá tenha colocado esse nome na cidade daqui", finalizou o bem humorado compositor.
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Musicólogo David Fanshawe canta e dança em bate-papo informal
CADU LEITEfree-lance para a Folha Online
O musicólogo David Fanshawe apresentou uma palestra descontraída hoje em São Paulo. Compositor de "African Sanctus", espetáculo que recebeu versão brasileira no 7º Cultura Inglesa Festival, o informal inglês cantou e dançou durante o bate-papo.
Ele fez um relato sobre sua viagem pela África mostrando gravações de músicas feitas por lá e imagens dos locais onde foram realizadas.
Em uma situação, por exemplo, ele estava pescando e, ao ouvir um choro, se aproximou de um vilarejo. Lá, foi convidado a acompanhar o enterro de um pescador e gravou o lamento da mãe e da esposa do jovem.
Em outra ocasião, o musicólogo fazia registros quando começou a chover. No local onde se protegeu, acabou gravando a música feita por um senhor. "Esse homem era um grande músico que ensinava às crianças. E, mesmo assim, ele foi brutalmente assassinado e jogado no rio Nilo", comentou. E disse que, devido a isso, escolheu o registro para o momento da crucificação em sua missa heterodoxa "African Sanctus".
Logo depois, ao mostrar fotos de tribos do Uganda, ele voltou a falar sobre assassinatos. "Se vocês forem lá hoje, não vão encontrar ninguém." Todos foram assassinados pela ditadura em 1971.
Ao apresentar a dança bwana, Fanshawe colocou a música para o público e, de repente, começou a fazer os passos afros em plena palestra. Já, ao falar sobre cantos muçulmanos, ele também improvisou, mas cantando.
O músico fez questão de destacar a proximidade do Brasil com a África. Entre seus comentários, ele falou sobre visitas às cidades de Embu em São Paulo e na África. "Lá, no Quênia, existe uma cidade igual, com o mesmo nome, que também é pólo cultural e fica próxima a um grande centro", disse. "Não duvido que alguém de lá tenha colocado esse nome na cidade daqui", finalizou o bem humorado compositor.
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