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20/05/2003 - 04h48

Jabuti premia reino animal duas vezes

CASSIANO ELEK MACHADO
da Folha de S.Paulo, no Rio

Foi uma espécie de "jogo do bicho" o Prêmio Jabuti deste ano, que teve seus ganhadores revelados no domingo, na Bienal do Rio. As duas grandes estatuetas em forma de jabuti foram para obras que passeiam, cada uma a seu modo, pelo reino animal.

Os vencedores tiveram de bater a maior "biodiversidade" já registrada até hoje no prêmio, criado em 1958 pela Câmara Brasileira do Livro. O Jabuti 2003 tinha o recorde de 2.016 livros inscritos.

Dessa fauna, saíram vitoriosos "Bichos que Existem & Bichos que Não Existem", de Arthur Nestrovski, e "Biodiversidade na Amazônia Brasileira", organizado por João Paulo Capobianco.

Feito para crianças, o primeiro foi o ganhador da categoria Livro poesia. O segundo, Livro do Ano de Não-ficção, suplantou todo o zoológico de trabalhos ensaísticos, técnicos, didáticos e afins.

Ironias do destino, a "origem das espécies" de "Bichos que Existem" está nos jabutis --não Jabutis. Nestrovski, 43, professor de literatura da PUC-SP, articulista da Folha e editor-associado da Publifolha, começou a fazer o livro inspirado nas tartarugas Tico e Teca de sua mulher, a crítica de dança da Folha Inês Bogéa.

É de jabutis que fala o primeiro dos 24 textos que mesclam animais de verdade com "seres imaginários", todos ilustrados por Maria Eugênia (colaboradora da Folha).

"Fico muito agradecido de poder representar uma massa de autores que fazem ficção infantil no Brasil. Não são muitos os países com a qualidade e quantidade que se tem aqui", disse Nestrovski, autor de outros três livros infantis e diversos trabalhos ensaísticos.

Não são muitos países também com uma biodiversidade como a brasileira, estimada em 22% de todo o planeta. Para mapear essa exuberante fauna e flora João Paulo Capobianco, organizador de "Biodiversidade" (Instituto Socioambiental/editora Estação Liberdade), contou com textos de 47 autores e consultoria de outros 200, que fizeram 27 documentos e 126 mapas, ilustrados com 62 fotos. O objetivo era montar um "o que fazer" com os problemas socioambientais da Amazônia.

No início deste ano, depois que o livro tinha sido lançado, Capobianco, 46, foi escolhido Secretário Nacional da Biodiversidade e das Florestas. "Quando assumi, vi que não havia no ministério estrutura capaz de cuidar desta agenda que montamos", conta.

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