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02/07/2003
-
03h45
da Folha de S.Paulo
A rede CBN pretende retransmitir o "Jornal Nacional", da TV Globo, ao vivo. A intenção é aproveitar, principalmente, a audiência de quem está retornando do trabalho para casa na hora em que o telejornal entra no ar, por volta das 20h15.
Para emplacar, o projeto depende de algumas negociações comerciais. Uma das dificuldades é a questão das agências internacionais. O contrato entre as empresas e a Globo prevê a reprodução de imagens pela TV. E se o rádio transmitir o áudio dessas cenas? É o tipo de discussão que se coloca nesse "cruzamento de mídias".
Outra dúvida: um produto gerado para a televisão pode funcionar no rádio, sem as imagens?
A CBN tem a experiência de transmitir o "Programa do Jô". É outra história, já que um é "talk show" e o outro, telejornal. Mas, mesmo no programa de entrevistas, o áudio pode ser insuficiente para a compreensão (já houve, por exemplo, um quadro em que a platéia tinha de descobrir erros em filmes exibidos no telão).
A crítica foi feita por blogs quando a Globo fez convênio com estações comunitárias, que transmitirão alguns programas, como "Os Normais". A emissora tem essa noção, mas diz que o público-alvo são pessoas que não têm TV ou não podem ver as atrações nos horários da Globo.
É o mesmo tipo de debate travado pela Rede TV! e Jovem Pan, só que no sentido inverso. A emissora estréia neste mês (dia 13 ou 20, se houver atraso) o "Pânico na TV", originário do sucesso de audiência na FM, há dez anos no ar.
Desde setembro de 2002, a internet transmite imagens do estúdio enquanto o programa vai ao ar pela FM (de segunda a sexta, das 12h às 14h). Mas, para a TV, a Pan decidiu criar outra atração (aos domingos, das 19h30 às 20h30), que não irá ao ar no rádio.
A diretora, Renata Neves, diz que a base será a descontração da FM, mas que seria impossível ter o mesmo produto nos dois veículos. "A internet funciona como mídia complementar, já a TV exige outro tipo de produção."
Mas "Pânico na TV" tem um forte elo com o rádio: suas quatro cotas de patrocínio (R$ 500 mil cada uma) envolvem o rádio. E não dá para pagar separado.
Denúncia
O ministro Miro Teixeira (Comunicações) joga mais uma polêmica aos holofotes. Na semana passada, afirmou que recebeu denúncias de empresas que são criadas só para obter concessões de rádio e TV para depois revendê-las. Também disse que colocará na internet uma lista com todos os proprietários de AMs e FMs. Promessa que fizera a esta coluna, em entrevista no início de março.
E-mail - laura@folhasp.com.br
Outra frequência: CBN planeja transmitir o "Jornal Nacional"
LAURA MATTOSda Folha de S.Paulo
A rede CBN pretende retransmitir o "Jornal Nacional", da TV Globo, ao vivo. A intenção é aproveitar, principalmente, a audiência de quem está retornando do trabalho para casa na hora em que o telejornal entra no ar, por volta das 20h15.
Para emplacar, o projeto depende de algumas negociações comerciais. Uma das dificuldades é a questão das agências internacionais. O contrato entre as empresas e a Globo prevê a reprodução de imagens pela TV. E se o rádio transmitir o áudio dessas cenas? É o tipo de discussão que se coloca nesse "cruzamento de mídias".
Outra dúvida: um produto gerado para a televisão pode funcionar no rádio, sem as imagens?
A CBN tem a experiência de transmitir o "Programa do Jô". É outra história, já que um é "talk show" e o outro, telejornal. Mas, mesmo no programa de entrevistas, o áudio pode ser insuficiente para a compreensão (já houve, por exemplo, um quadro em que a platéia tinha de descobrir erros em filmes exibidos no telão).
A crítica foi feita por blogs quando a Globo fez convênio com estações comunitárias, que transmitirão alguns programas, como "Os Normais". A emissora tem essa noção, mas diz que o público-alvo são pessoas que não têm TV ou não podem ver as atrações nos horários da Globo.
É o mesmo tipo de debate travado pela Rede TV! e Jovem Pan, só que no sentido inverso. A emissora estréia neste mês (dia 13 ou 20, se houver atraso) o "Pânico na TV", originário do sucesso de audiência na FM, há dez anos no ar.
Desde setembro de 2002, a internet transmite imagens do estúdio enquanto o programa vai ao ar pela FM (de segunda a sexta, das 12h às 14h). Mas, para a TV, a Pan decidiu criar outra atração (aos domingos, das 19h30 às 20h30), que não irá ao ar no rádio.
A diretora, Renata Neves, diz que a base será a descontração da FM, mas que seria impossível ter o mesmo produto nos dois veículos. "A internet funciona como mídia complementar, já a TV exige outro tipo de produção."
Mas "Pânico na TV" tem um forte elo com o rádio: suas quatro cotas de patrocínio (R$ 500 mil cada uma) envolvem o rádio. E não dá para pagar separado.
Denúncia
O ministro Miro Teixeira (Comunicações) joga mais uma polêmica aos holofotes. Na semana passada, afirmou que recebeu denúncias de empresas que são criadas só para obter concessões de rádio e TV para depois revendê-las. Também disse que colocará na internet uma lista com todos os proprietários de AMs e FMs. Promessa que fizera a esta coluna, em entrevista no início de março.
E-mail - laura@folhasp.com.br
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