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02/07/2003 - 04h09

Nudez e Naomi Campbell fazem dia histórico na SPFW

ERIKA PALOMINO
colunista da Folha

Quente, quente, quente... Fervendo. A Rosa Chá põe fogo na São Paulo Fashion Week com uma coleção histórica, com muita nudez, a presença de Naomi Campbell e até show de laser sobre a estrela gigante, no chão de placas de espelhos.

Homens e mulheres de bumbum de fora, com recortes traseiros, conforme prometeu o estilista e proprietário da marca, Amir Slama. Foi o mais abusado desfile de moda praia já visto em passarelas brasileiras desde que a modelo Ana Paula Araújo desfilou o primeiro topless para a mesma grife, em julho de 2000.

Desta vez, para garantir, as meninas mostraram também patches de anticoncepcional (um dos patrocinadores da marca) transformados em acessório fashion.

Sentada na primeira fila, a cantora Sandy olhava tudo, meio perplexa.

Ao final, aplaudiu de pé. "Adorei o desfile", disse sorrindo, simpática. Se usaria? "Tudo não, mas muitas peças". A algumas cadeiras, Gabriella Duarte engrossava o coro: "Aqueles que deixam o bumbum todo de fora eu não usaria, não faz meu gênero. Mas aqueles que mostram só um pouquinho até que eu usaria..."

Usar ou não usar. Eis a questão. A top Raquel Zimmerman abriu o desfile. E ao se virar, no pivô em frente aos fotógrafos, o susto: um recorte revelando o dito cujo. Em maiôs engana-mamãe (coitada dela), as modelos se revelavam, enquanto os meninos deixavam entrever o "dérrière" por entre as transparências provocadas pelos materiais esportivos nas sungas. Naomi Campbell, de maiô, mais comportada, é aplaudida. Sorri.

Marcelo Sommer fez o outro desfile histórico do segundo dia. Em lugar de circo, melancolia. Um desfile que aciona personagens adultos, em roupas de coquetel, pijamas e vestidos de baile.

Hedonistas, fervidos, num lúdico escorregador, mas algo solitários.

Então sua coleção é cinza, de quando em quando mostrando um arco-íris em malha. Com dominío estilístico sobre sua própria linguagem e vocabulário, Sommer dá sua maior prova de maturidade. Kilts, saias de pregas, leggings em lurex (também com o bumbum de fora)... E finalmente os incríveis e delirantes vestidos -o de samambaia de Ana Claudia; o de Raquel Zimmerman e o de Jeisa Chiminazzo, com flores sob a mega saia de tule.

Na Patachou, uma estranha inspiração glacial (em pleno verão?), e uma certa inspiração na grega Sophia Kokosalaki. Mas restam vestidos bonitos no que a marca de Tereza Santos sabe fazer de melhor: malhas, delicados trabalhos de paetês e de silhueta.

Para a British Colony do carioca Máxime Perelmuter, uma grande brincadeira com o Brasil visto por turistas, com camisetas de cartões-postais e temas brasileiros com inscrições em russo ou japonês. Surfe, de novo. Simpático, mas um pouco repetitivo.

Colaborou Jackson Araújo, free-lance para a Folha

Especial
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