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11/07/2003
-
17h52
da Folha Online
De maneira crítica e bem humorada, seguindo a máxima de fazer rir, mas ao mesmo tempo, pensar, o cartunista argentino Joaquín Salvador Lavado, 70, o Quino, definiu hoje a realidade dos desenhistas de quadrinhos. Para ele, o trabalho dos humoristas, que sempre foi desmascarar os poderosos, está difícil. "Hoje, eles mesmos se desmascaram."
Quino, que está no Brasil para participar de "O Mundo dos Quadrinhos", conversou com a imprensa hoje na Fnac Pinheiros, em São Paulo.
O serviço militar obrigatório, a Guerra no Iraque e os EUA receberam comentários irônicos do cartunista, para quem os temas discutidos são os mesmos de sempre: "os pequenos frente aos poderosos".
"O serviço militar é completamente inútil porque as guerras se fazem apertando botões. As últimas guerras... não se entende. A guerra era econômica, mas Bush é antigo [por isso mandou tropas]", disse. "Os Estados Unidos estão tão distraídos com o Oriente que, por hora, vão nos deixar tranquilos", acrescentou.
Os governos brasileiro e argentino, por outro lado, receberam elogios de Quino, que vê no otimismo uma "obrigação para nós".
Quino também não poupou críticas à produção cultural mundial que, segundo ele, vive um período obscuro. "Os músicos e pintores conviviam e havia um movimento renovador. A pintura está pobre, falta o que surpreenda. Há repetição das coisas que já vimos antes."
Um dos exemplos citados por Quino foi a predominância de produções cinematográficas norte-americanas em exibição nas salas de cinemas de vários países. O cartunista, que atualmente mora na Europa, citou a Itália como um dos países onde há mais opções de escolha.
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Para Quino, Mafalda era um trabalho a mais
Cartunista Quino autografa e faz palestra em São Paulo
Crítica à guerra e à opressão social são recorrentes na obra de Quino
JANAINA FIDALGOda Folha Online
De maneira crítica e bem humorada, seguindo a máxima de fazer rir, mas ao mesmo tempo, pensar, o cartunista argentino Joaquín Salvador Lavado, 70, o Quino, definiu hoje a realidade dos desenhistas de quadrinhos. Para ele, o trabalho dos humoristas, que sempre foi desmascarar os poderosos, está difícil. "Hoje, eles mesmos se desmascaram."
Folha Imagem |
O cartunista argentino Quino |
O serviço militar obrigatório, a Guerra no Iraque e os EUA receberam comentários irônicos do cartunista, para quem os temas discutidos são os mesmos de sempre: "os pequenos frente aos poderosos".
"O serviço militar é completamente inútil porque as guerras se fazem apertando botões. As últimas guerras... não se entende. A guerra era econômica, mas Bush é antigo [por isso mandou tropas]", disse. "Os Estados Unidos estão tão distraídos com o Oriente que, por hora, vão nos deixar tranquilos", acrescentou.
Reprodução |
"Mafalda", tirinha do cartunista Quino |
Os governos brasileiro e argentino, por outro lado, receberam elogios de Quino, que vê no otimismo uma "obrigação para nós".
Quino também não poupou críticas à produção cultural mundial que, segundo ele, vive um período obscuro. "Os músicos e pintores conviviam e havia um movimento renovador. A pintura está pobre, falta o que surpreenda. Há repetição das coisas que já vimos antes."
Um dos exemplos citados por Quino foi a predominância de produções cinematográficas norte-americanas em exibição nas salas de cinemas de vários países. O cartunista, que atualmente mora na Europa, citou a Itália como um dos países onde há mais opções de escolha.
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