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17/07/2003 - 04h49

Festival de São José do Rio Preto encampa produção paulista

VALMIR SANTOS
da Folha de S.Paulo

À parte o pensamento da curadoria, voltada nesta edição para projetos de países chamados periféricos, a programação do 3º Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, quer escapar, ela também, de amarras.

Entre convidados e selecionados, os espetáculos nacionais configuram um painel representativo da cena contemporânea do país, sobretudo a paulista (há peças do RJ, RS, PR e de SC). Predominam pesquisas mais experimentais ou alternativas, definições que muitos criadores rejeitam.

Hoje à noite, por exemplo, quem protagoniza a abertura à beira da represa municipal de Rio Preto (a 451 km de São Paulo), como nos anos anteriores, são alunos do Centro Experimental de Música (CEM), do Sesc Consolação. Eles vão cantar e tocar no musical "24 Óperas por Dia: Óperas-Minuto, Óperas-Clip", encabeçado pelo compositor Lívio Tragtenberg e pelo performer multimídia Otavio Donasci, que usará suas videocriaturas.

O festival também expõe gerações. Num mesmo teatro, por exemplo, será possível assistir ao "Prêt-à-Porter 5", coordenado por Antunes Filho, do CPT do Sesc Consolação, que apregoa quebras de paradigmas na interpretação e na dramaturgia (os atores assumem tudo), e também a uma minimostra do Cemitério de Automóveis, o grupo de Mário Bortolotto, caracterizado por uma produção compulsiva e assumidamente urbana e marginal.

O curador do festival, Ricardo Muniz Fernandes, se entusiasma com esse tipo de "estranhamento". Lembra que Rio Preto será o primeiro festival a encampar a trilogia bíblica integral do Teatro da Vertigem ("O Paraíso Perdido", numa igreja; "O Livro de Jó", num hospital; e "Apocalipse 1,11", numa cadeia).

Outra peculiaridade é a participação do grupo Oficina, dirigido por José Celso Martinez Corrêa. O projeto de "Os Sertões", que já teve leituras ou ensaios abertos em 2001 e 2002, volta a Rio Preto para a segunda parte, "O Homem". Será a céu aberto, num estacionamento adaptado como se fosse o "corredor" do Oficina.

Ainda da cena paulistana, participam os grupos Parlapatões ("As Nuvens e/ou um Deu$ Chamado Dinheiro"), Folias d'Arte ("Babilônia"), Círculo de Comediantes ("O Beijo no Asfalto") e Ventoforte ("As Quatro Chaves"). De Campinas, há o Lume ("Café com Queijo"). Do Rio, o grupo Teatro do Pequeno Gesto leva uma tragédia, "Medéia", e um infantil, "A Rua dos Cataventos". O Pequeno Gesto edita, desde 98, a revista "Folhetim", dedicada à teoria e ao pensamento teatral.

Também do Rio de Janeiro está programado o espetáculo "Os Sete Afluentes do Rio Ota", dirigido por Monique Gardenberg, com duas sessões seguidas no último dia do festival, dia 27. Detalhe: cada sessão de "Os Sete Afluentes" dura em média cinco horas. Será um "tour de force" para elenco e equipe técnica.

3º FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Quando: de hoje a 27/7
Quanto: R$ 10, R$ 5 ou entrada franca (a maioria dos ingressos está esgotada)
Informações: tel. 0/xx/17/3215-1830
Co-patrocinador: Petrobras

Especial
  • Veja a programação e acompanhe o Festival Internacional de Teatro de Rio Preto
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