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24/07/2003 - 21h04

Música domina --ainda bem!-- documentário sobre Paulinho da Viola

MARCELO BARTOLOMEI
Editor de entretenimento da Folha Online

Como documentário, "Paulinho da Viola - Meu Tempo é Hoje", é um ótimo musical. Ainda bem, já que a maior jóia do músico, cantor e compositor --um dos mais importantes da nossa geração-- é privilegiada no filme sobre sua vida, dirigido por Izabel Jaguaribe e que estréia nesta sexta-feira (25) no Rio de Janeiro.

Divulgação
Paulinho da Viola mostra seu lado marceneiro no filme de Izabel Jaguaribe
"Meu Tempo é Hoje" é mais um documentário-concerto, depois de "Nelson Freire" (João Moreira Salles), produzido pela Videofilmes. Impossível não comparar. A qualidade de ambos é excepcional e eles transpiram música.

O filme tem de ser exibido em bom e alto som nos cinemas, em reverência à personalidade, que aos 60 anos mostra sua melhor forma contando histórias, cantando e compondo.

Deixe sambas de outros compositores, como "O Sol Nascerá" (Elton Medeiros e Cartola), "Pecadora" (Joãozinho da Pecadora e Jair do Cavaquinho), "Carinhoso" (Pixinguinha e João de Barro) e "Filosofia" (Noel Rosa), entre outros, invadirem sua percepção.

Não é só. Os clássicos de Paulinho da Viola, o "príncipe", dominam as cenas com "Jurar com Lágrimas", "Meu Mundo é Hoje", "Retiro", "Choro Negro", "Argumento", "Pra Fugir da Saudade" e "Foi um Rio que Passou em Minha Vida", de início.

Depoimentos

O filme tem depoimentos e participações nas canções da Velha Guarda da Portela, do conjunto Época de Ouro e de artistas como Amélia Rabello, Celsinho Silva, Cristina Buarque, Elton Medeiros, Marina Lima, Marisa Monte, Nelson Sargento, Teresa Cristina, Walter Alfaiate e Zeca Pagodinho.

Marisa Monte proporciona um dos momentos mais belos do filme ao cantar "Carinhoso", a "música do século", segundo o próprio Paulinho da Viola. Claro que tanto elogio só poderia ir para a voz de Marisa, a quem o compositor serviu com tantas composições no passado.

Na voz dela, em outra participação --"Dança da Solidão"--, o público relembra a cantora que todo mundo queria ver de volta, cantando os sambas de Paulinho da Viola, o homem que diz que não sente saudades e que filosofa sobre o tempo com certa propriedade.

Filósofo

Tema quase central do roteiro, elaborado por Zuenir e Joana Ventura, o tempo também aparece na maioria --se não em todas-- as composições de Paulinho da Viola. Ele, que cresceu num ambiente completamente musical no Rio de Janeiro, aparece com a família, canta com as filhas e dança descompassado numa festa de aniversário.

O filme apresenta ao público um Paulinho da Viola detalhista como marceneiro, pai e profissional exigente, embora descuidado com afazeres domésticos e com o relógio, por exemplo, guia da sociedade moderna que vive em correria.

É a intimidade de uma pessoa serena, com tantas histórias para revelar e muito mais música para cantar.

A estréia do filme em São Paulo está marcada para o próximo dia 8 de agosto. Depois disso, ele começa a fazer seu circuito pelo país.

"Paulinho da Viola - Meu Tempo é Hoje"
Produção:
Brasil, 2003, 83min
Direção: Izabel Jaguaribe
Com: Paulinho da Viola, Marisa Monte, Zeca Pagodinho, Marina Lima, entre outros
Quando: a partir de hoje (RJ); dia 8 (SP)
Produção e distribuição: Videofilmes

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