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05/08/2003
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11h25
Interlocutor intelectual de Nise da Silveira e seu prefaciador em publicações como "Cartas a Spinoza", o escritor e tradutor Marco Lucchesi diz que o trabalho da psiquiatra "está atrelado ao poder da imagem profunda, inicialmente junguiana, mas que a dra. Nise torna um recurso próprio".
Lucchesi prepara o lançamento de "Viagens a Florença - Cartas de Nise da Silveira para Marco Lucchesi", com aproximadamente cem páginas reunidas da correspondência de Silveira para o autor.
O escritor avalia que a pouca frequência de mostras cinematográficas dedicadas aos distúrbios psíquicos tem uma de suas razões no fato de que "um embaraço e uma radicalidade definem a profunda dificuldade de se traçar, com sutileza e cuidado, esse perfil que seria um estado de ser".
Essa é mais uma razão, ele afirma, para reconhecer o pioneirismo de Silveira. "Se observarmos as imagens de "O Mundo das Imagens" [publicação de Silveira pela editora Ática], veremos que elas absolutamente não perturbam, porque há um discurso científico, mas um discurso afetivo, que demanda essa justiça [a classificação da loucura como um estado de ser] a cada página".
Lucchesi avalia que a oportunidade de contato com uma filmografia consistente sobre a questão pode ajudar a "trabalhar o mundo interno no sentido de uma estética profunda e uma ética mais compromissada".
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Cinema encara a psiquiatria em tributo a Nise da Silveira
Comentário: Delírio e ausência de controle também produzem beleza
Livro traz cartas da psiquiatra
da Folha de S.PauloInterlocutor intelectual de Nise da Silveira e seu prefaciador em publicações como "Cartas a Spinoza", o escritor e tradutor Marco Lucchesi diz que o trabalho da psiquiatra "está atrelado ao poder da imagem profunda, inicialmente junguiana, mas que a dra. Nise torna um recurso próprio".
Lucchesi prepara o lançamento de "Viagens a Florença - Cartas de Nise da Silveira para Marco Lucchesi", com aproximadamente cem páginas reunidas da correspondência de Silveira para o autor.
O escritor avalia que a pouca frequência de mostras cinematográficas dedicadas aos distúrbios psíquicos tem uma de suas razões no fato de que "um embaraço e uma radicalidade definem a profunda dificuldade de se traçar, com sutileza e cuidado, esse perfil que seria um estado de ser".
Essa é mais uma razão, ele afirma, para reconhecer o pioneirismo de Silveira. "Se observarmos as imagens de "O Mundo das Imagens" [publicação de Silveira pela editora Ática], veremos que elas absolutamente não perturbam, porque há um discurso científico, mas um discurso afetivo, que demanda essa justiça [a classificação da loucura como um estado de ser] a cada página".
Lucchesi avalia que a oportunidade de contato com uma filmografia consistente sobre a questão pode ajudar a "trabalhar o mundo interno no sentido de uma estética profunda e uma ética mais compromissada".
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