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29/08/2003 - 11h01

Ruído: Inventores disputam máquina de CDs

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PEDRO ALEXANDRE SANCHES
da Folha de S.Paulo

O engenheiro de computação Álvaro de Castro reivindica para si a invenção de uma máquina de fabricação instantânea de CDs análoga à divulgada na semana passada pelo inventor Nelson Martins, com apoio do Ministério da Cultura e de Gilberto Gil.

Castro é dono da gravadora independente Kviar, que já comercializa CDs personalizados pela internet. Segundo ele, sua máquina foi exibida, em pleno funcionamento, no início de agosto, na Feira de Música de Fortaleza (CE).

"A máquina deles está no papel, a nossa já existe e está em funcionamento", diz Castro, afirmando que negocia com um grande grupo financeiro a viabilização de seu projeto.

Nelson Martins o rebate, afirmando que patenteou sua invenção há três anos e que, pela lei de patentes, vale a anterioridade de sua invenção.

"Qualquer um pode fazer uma máquina como essa, mas ninguém pode explorar, porque a propriedade é minha. Se descobrir que estão comercializando, entro com mandado de busca e apreensão", afirma Martins.

Castro o contradiz, de novo: "Não há patente viável aqui, porque a máquina não é uma nova tecnologia. É uma caixa com um computador com gravador de CD".

Enquanto os inventores batem boca, as grandes gravadoras, ao menos oficialmente, assistem impassíveis à intensificação da corrida por novos formatos musicais.

O não-lançamento

Por conta do sucesso polêmico de "Eu Também Quero Mocotó" (de Jorge Ben) no Festival Internacional da Canção de 70, o maestro negro Erlon Chaves pôde lançar em 71 o primeiro álbum de sua Banda Veneno. Dirigido pela Simonal Produções Artísticas, de Wilson Simonal, "Banda Veneno de Erlon Chaves" (Philips, hoje Universal) misturava funk tipo James Brown, filosofia da pilantragem e MPB. Pelo filtro do arranjador da Globo e de Elis Regina, ganhavam peso e veneno versões para Ivan Lins ("Madalena"), Jorge Ben ("Cosa Nostra"), Roberto e Erasmo ("Jesus Cristo") e Antonio Carlos e Jocafi ("Você Abusou"). Confundindo afronta e suporte ao regime militar (havia até vivas ao Mobral no LP), Erlon era o que o Brasil teve de mais próximo do black power. Morreu prematuramente em 74. Os discos saíram de catálogo.

O mundo livre da OMB

O presidente da Ordem dos Músicos do Brasil (OMB), Wilson Sandoli, retruca Zeroquatro, do grupo Mundo Livre S/A, que fez música para atacar a necessidade de filiação à instituição: "Isso é uma gozação, mais nada. Ele é obrigado a se inscrever porque é lei, não sou eu que estou mandando". Sandoli diz que o Mundo Livre é, sim, inscrito na OMB. Zeroquatro agora faz suspense: "Dois integrantes da banda e músicos de apoio em shows são filiados à OMB. Sem mais comentários".

Vitalício

A MTV extinguiu do Video Music Brasil 2003 a categoria "melhor democlipe", que em 2002 foi vencida pelos Ratos de Porão, do funcionário da emissora João Gordo. No lugar entrou "melhor clipe independente". Que neste ano foi vencida pelos mesmos Ratos de Porão. Do mesmo João Gordo.

Filha pródiga

Rita Lee está de volta à gravadora da Globo, Som Livre, que lançou seus discos de maior sucesso comercial, de "Fruto Proibido" (75) a "Rita e Roberto" (85). O novo CD, que sai em setembro ou outubro, deve se chamar "Balacobaco" e será quase todo de faixas inéditas. A faixa "Amor e Sexo" tem letra do cineasta e jornalista Arnaldo Jabor.

Tribalistas do mundo

Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown cantarão "Já Sei Namorar" em público pela primeira vez em 3 de setembro, em Miami, durante a entrega do Grammy latino. Os Tribalistas estudam também a realização de um minishow promocional apenas para convidados e imprensa, que aconteceria na França e na Itália.

E-mail: psanches@folhasp.com.br
 

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