Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
01/09/2003 - 13h31

Perfil: Charles Bronson era o justiceiro das telas

Publicidade

da France Presse, em Los Angeles

O protagonista de "Desejo de Matar", Charles Bronson, morto no sábado passado, aos 81 anos, foi um dos atores que mais atraiu público ao cinema e, conseqüentemente, foi um dos mais bem pagos da história de Hollywood. Com seu rosto impassível, Charles Bronson deixa um legado de mais de cem filmes.

Nascido em 3 de novembro de 1921, na localidade de Ehrenfield (Pensilvânia, nordeste dos Estados Unidos), sob o nome de Charles Buchinsky, Bronson era descendente de uma família numerosa (15 irmãos) de origem lituana e seu destino, em princípio, parecia ser as minas de carvão. Mas isso mudou quando, em 1943, voltou da Segunda Guerra Mundial e decidiu seguir a carreira artística.

No final da década, entrou para a Academia de Atores Pasadena Playhouse e seguiu para a Broadway. Em 1949, casou-se pela primeira vez com Harriet Tendler. Dois anos depois, estreou em filmes como "O poder invisível" (1951), de Robert Parrish, ou "A um passo do fim" (1951), dirigido por John Sturges e protagonizado por Spencer Tracy.

Ainda usando o nome Buchinsky, atuou em filmes de George Cukor e Andre de Toth. Em 1954 finalmente adotou o nome Charles Bronson e sua carreira cinematográfica foi crescendo graças a filmes como "Apache" (1954) e "Vera Cruz" (1954), ambos dirigidos por Robert Aldrich, "Tambores de guerra" (1954) ou "Ao despertar da paixão" (1956), de Delmer Daves e "Dominados pelo ódio" (1958), de Roger Corman.

Mas em todos eles o ator era estereotipado em papéis de escravo, índio americano ou prisioneiro.

Durante a década de 60, o ator se lançou ao estrelato ao protagonizar "Sete homens e um destino" (1960), de John Sturges, "Robur, o conquistador do mundo" (1961), de William Witney, "Fugindo do inferno" (1963) e "Os doze condenados" (1967).

Mas foi só quando deixou temporariamente Hollywood e se transferiu para a Europa, nos anos 60, que Bronson virou estrela do cinema mundial.

Em 1968, Bronson protagonizou junto com Alain Delon o filme "Adeus, amigo" (1968), do francês Jean Herman. E ninguém se esquece de seu papel em "Era uma vez no Oeste" (1968), a obra-prima de Sergio Leone, ou de sua interpretação em "O passageiro da chuva", de René Clément.

Bronson ainda fez filmes na Inglaterra, França e Espanha e voltou aos Estados Unidos em 1972, quando uma pesquisa feita em seis países o apontou como o ator mais popular do mundo, ao lado de Sean Connery.

Depois de divorciar-se de Harriet em 1967, conheceu a atriz Jill Ireland enquanto rodava um filme e com ela casou em 1969. Ireland veio a falecer por causa de um câncer em 18 de maio de 1990, depois de 22 anos de um casamento plenamente feliz. Em 1998, Bronson voltou a se casar com Kim Weeks.

Nos anos 70 e 80 Bronson consolidou sua imagem de "homem durão", capaz de derrotar ou conquistar apenas com seu olhar e seu silêncio. Com "Desejo de matar" --um filme baseado em fatos verídicos-- e suas continuações, acabou se transformando no implacável vingador de inocentes diante de uma Justiça incompetente.

Leia mais
  • Ator Charles Bronson, 81, morre de pneumonia
  • Com morte de Charles Bronson, cinema perde um de seus "durões"
  • Veja a lista dos principais filmes da carreira de Charles Bronson

    Especial
  • Veja galeria de fotos do ator Charles Bronson
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página