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08/09/2003 - 04h27

Tim Festival traz "superstar DJ" do rock

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LÚCIO RIBEIRO
colunista da Folha

Um dos principais DJs da cena inglesa, incrível, não pertence às batidas eletrônicas. Com status, badalo e cachê de "superstar DJ", Erol Alkan fez sua fama nos pick-ups dirigindo a principal noite de rock de Londres, a Trash, no clube The End, famoso templo da dance music britânica.

Alçado pela revista modernosa inglesa "The Face" como o "novo Fatboy Slim", Alkan é o responsável, dizem na Inglaterra, pela música independente de veia roqueira voltar a ser interessante.

O DJ, de 28 anos, é nome tão quente no cenário pop atual que entre suas façanhas estão a conquista de prêmio de revelação do ano de 2002 na revista "Muzik" (eletrônica), o convite para tocar no gigante festival Homelands (eletrônica) e foi chamado para estrelar um evento no... Brasil.

Uma das primeiras atrações confirmadas do Tim Festival, que acontece no Rio entre 30 de outubro e 1º de novembro, Erol Alkan falou à Folha, por telefone.

Folha - Você é apontado como grande prodígio do incensado mundo dos DJs por veículos de música eletrônica. Mas você toca rock, basicamente. O que está acontecendo na cena inglesa?

Erol Alkan -
Eu penso o básico. Uma música ideal na pista de dança hoje é aquela boa para dançar. Simples assim. Eu gosto muito de tocar rock, dance music e algum eletrônico. E aí você pega as mais legais desses gêneros, que são boas para dançar, e você ganha a pista. Hoje, desde que a música seja boa, existe uma maior tolerância do público de pista seja qual for o estilo da canção. Além do quê, é possível tocar uma do New Order, seguida de Chemical Brothers, seguida de White Stripes, seguida de electro. Hoje isso faz sentido.

Folha - Como você começou? Já deu para ficar rico?

Alkan -
Não. Em três, quatro anos como DJ já comprei algumas coisas. Pelo menos consigo viver só de tocar. Mas continuo morando no mesmo pequeno apartamento em Londres.

Gosto de discos desde que eu era uma criança. Costumava ser o DJ para minha mãe, em casa. Passei a querer ser um DJ de verdade indo a festas e vendo outros DJs tocarem. Iniciei colocando música para animar pista em porões, para cinco pessoas. Ia batendo nas portas de clubes mais legais do que aqueles onde estava, pedindo para deixarem eu ser DJ. Até que deixavam.

Folha - Você toca de rock a rap. De disco a electro. Como definiria o seu estilo?

Alkan -
Eu misturo tendências, mas não acho que isso seja a última palavra em música para pista. Cada DJ tem que fazer melhor o que sabe. Eu vou ver um DJ que só toca drum'n'bass, o tempo inteiro, e consigo achar maravilhoso. O mesmo com o rap e por aí vai.

Folha - A noite Trash, onde você toca, às segundas, está sempre cheia de músicos de banda e famosos em geral. Quem esteve lá na segunda-feira passada (dia 25/8)?

Alkan -
Meg White, do Whites Stripes. A dupla do Raveonettes [banda indie dinamarquesa], o pessoal do Kills [banda de rock americana]. Kate Moss estava na lista, mas não a vi lá dentro.

Folha - Baseado em suas últimas discotecagens, quais foram as cinco músicas que você mais gostou de ter tocado?

Alkan -
"Milkshake", da Kelis. Qualquer nova da Peaches. "Blue Monday", do New Order, sempre. "I Need Your Love", do Rapture. E "Still in Love Song", do Stills.

Folha - Qual seu DJ favorito?

Alkan -
Difícil apontar um. Eu gosto bastante dos meus amigos 2Many DJ's. São os melhores dos últimos quatro anos, eu acho. Pelo menos os que mais me divertem. Tem sempre os Chemical Brothers e o Norman Cook [Fatboy Slim], insuperáveis.

Folha - Como surgiu o convite para você tocar no Brasil?

Alkan -
Eu não sei, na verdade. Meu agente me ligou dizendo: "Você quer tocar no Brasil?". Eu respondi: "Claro". Não tenho idéia do público que vou encontrar, mas sei que o Brasil tem uma boa cena de música eletrônica, de clubes. Acho que vai ser divertido. O festival vai ter Peaches, Rapture e White Stripes, não? Só pode ser bom.
 

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