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26/09/2003 - 19h47

Aos 50, Record comemora e fala em superar audiência do SBT

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CARLA NASCIMENTO
da Folha Online

O aniversário de 50 anos da TV Record não será apenas uma data simbólica e cercada de comemorações com programas especiais. Poderá ser um marco para que a emissora finalmente cumpra o que vem prometendo há alguns anos: passar para o segundo lugar na preferência do espectador. É nisso que acredita Dennis Munhoz, 42, presidente da emissora.

Arquivo Record
Dupla Arrelia e Pimentinha
Terceira maior do país em audiência (ficando atrás da Globo e do SBT), a Record pretende investir pesado no seu objetivo em 2004. O carro-chefe desta prometida "arrancada" desta vez é a teledramaturgia. Depois de sucessivas tentativas fracassadas, a emissora anuncia a volta das novelas em sua grade de programação a partir de março do próximo ano.

O investimento será feito em parceira com a produtora Casablanca --a mesma do seriado multirracial "Turma do Gueto". "Estamos procurando os melhores profissionais e os melhores recursos para fazer uma novela com padrão muito próximo ao da Globo", diz Munhoz.

Apesar de apostar no que pode ser a proximidade com o padrão Globo, a Record pretende se precaver de eventuais acidentes de percurso. Após o fracasso de "Um Amor de Babá" --exibida pela emissora no início deste ano e que saiu do ar com pouco mais de um mês--, o contrato com a Casablanca para exibir "Beleza Artificial" (título provisório) prevê um pagamento mínimo e um acréscimo a este valor conforme o desempenho do programa junto à audiência.

Munhoz não cita números, mas aponta os investimentos da emissora nos eventos esportivos e em um pacote de filmes competitivos como seus dois outros trunfos para superar o rival SBT na audiência em 2004.

Especulações sobre novas contratações e, mais especificamente, o "assédio" sobre a apresentadora Hebe Camargo, estão "oficialmente" descartadas, por enquanto. "A Hebe, como todos que não vinham aqui há muito tempo, ficou surpresa com o tamanho e com a estrutura da emissora. Daí surgiu a conversa de que ela gostaria e que se sentiria honrada em trabalhar na Record. Mas a Record não está assediando a Hebe Camargo como não está assediando nenhum profissional ligado ou com contrato em qualquer outra emissora", afirma.

Leia trechos da entrevista à Folha Online:

Folha Online - Por que a emissora desistiu das minisséries e resolveu voltar a fazer novelas?

Dennis Munhoz -
Analisando custos e produção, os da minissérie ficariam muito próximos aos da novela, então não seria vantajoso investir em minissérie se novela já é um produto mais acolhido e o brasileiro está mais acostumado. Por isso nós optamos por partir diretamente para novelas, o que não impede de termos seriados semanais.

Folha Online - A Record teria perdido um ponto na média de audiência geral entre 2001 e 2002. A emissora está apostando nessa novela para recuperar os índices que tinha?

Munhoz -
Nunca ninguém trouxe um número que me provasse essa perda. A Record manteve a média de audiência de 2001 em 2002. Nós pretendemos chegar perto do SBT. Hoje, não nos preocupa as emissoras que estão atrás porque a diferença continua igual. Não houve nenhum ajuste, nenhum aperto da concorrência. Nós é que estamos tentando ir pra cima do SBT. 2004 será um ano em que a Record poderá conquistar o segundo lugar e, chegando lá, nós não vamos nos contentar e vamos conquistar o primeiro.

Folha Online - Quais elementos a novela vai apresentar para atrair os espectadores, já que será exibida em horário nobre.?

Munhoz -
O tema, que vai ser polêmico, e o elenco. Estamos procurando os melhores profissionais e os melhores recursos para fazer uma novela com estilo muito parecido com o da Globo.

Folha Online - Que tema será esse?
Munhoz -
É sobre a beleza e de como as pessoas se relacionam com isso.

Folha Online - Os textos das novelas da Globo, principalmente das oito, tentam reproduzir diálogos e situações que estão presentes no cotidiano. Que tipo de orientação os produtores da novela estão recebendo com relação a isso? Há algum tipo de veto relacionado à religião ou expressões?

Munhoz -
A Record não exerce nenhum tipo de censura. Simplesmente o que nós não concordamos é com a apologia a qualquer religião, seja ela qual for, porque nós temos a televisão como emissora comercial. Nós não estamos aqui pra discutir religião. Quanto ao nosso conceito ético e moral, ele também independe de religião. É o que eu sempre falo: você pode ser ateu, mas não gosta que uma filha sua de seis ou sete anos veja uma cena de sexo às oito da noite em uma novela.

Folha Online - A emissora pretende investir na criação de um núcleo de telenovela?

Munhoz -
O normal seria esperarmos o resultado desta novela, mas como acreditamos que vai ser positivo, eu acho que o próprio Honorilton [Gonçalves, superintendente executivo de produção] e o Luciano Callegari [superintendente artístico e de programação] já estejam aí bolando uma segunda novela pra 2004, mas não há nada confirmado. Um núcleo de produção não está fora de cogitação, esta pode ser uma alternativa para uma segunda novela.

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