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29/09/2003 - 16h03

Música negra peruana e cinema argentino abrem a Cita de Biarritz

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MARÍA CARMONA
da France Presse, em Biarritz (França)

Com o filme "La Quimera de Los Héroes", do argentino Daniel Rosenfeld, e um concerto do conjunto de música negra peruana Teatro del Milenio, começa hoje a Cita, Festival de Cinema e Cultura da América Latina, que a cada ano transforma Biarritz na capital do mundo latino durante uma semana.

Os latinos dos Estados Unidos são os convidados de honra da 12ª edição da Cita, que se estenderá até 5 de outubro e em cuja seção competitiva participam filmes do Brasil, Argentina, Chile, Equador, México e Peru.

Nove longa-metragens concorrem este ano ao Sol de Ouro, prêmio máximo do festival: o brasileiro "O Homem que Copiava", de Jorge Furtado, os argentinos "Imposible", de Cristian Pauls, "La mina", de Victor Laplace e "La Quimera de Los Héroes", de Daniel Rosenfeld, o chileno "Subterra", de Marcelo Ferrari, o equatoriano "Un Titán en El Ring", de Viviana Cordero, os mexicanos "La Virgen de La Lujuria", de Arturo Ripstein, e "Amarte Duele", de Fernando Sariñana, e o peruano "Ojos Que No Ven", de Francisco Lombardi.

Entre os curta-metragens que disputam o Sol de Ouro estão os brasileiros "A Janela Aberta", de Philippe Barcinsky, "Como se Morre no Cinema", de Luelane Loiola, e "O Homem Voa", de André Ristum, além do argentino, "El Balancín de Ivan", de Darío Stegmayer, e o mexicano "La Caja", de Jaime Luiz Ibáñez.

Em colaboração com a União Latina, a Cita concede ainda um prêmio a documentários destinado a filmes originários ou sobre a América Latina, disputado por 14 filmes da América Latina, França e Espanha. Os brasileiros "O Mundo Cabe numa Cadeira de Barbeiro", de José Roberto Torero, "Um Rei no Xingu", de Helena Tassara, e "Viva São João", de Andrucha Waddington, concorrem nesta categoria.

Retrospectiva

Sob o título "Hecho en USA, Made in USA", a tradicional retrospectiva do festival é dedicada aos latinos dos Estados Unidos e sua contribuição, como atores ou diretores, à sétima arte, desde o sucesso de Dolores del Río em "Birds of Paradise", de King Vidor (1932), até as mais recentes criações de jovens diretores latino-americanos radicados nos Estados Unidos, como "Las Mujeres de Verdad Tienen Curvas", da colombiana Patricia Cardoso, e "Pasaporte Rojo", do dominicano Albert Xavier, passando por "American Me', do célebre Edward James Olmos.

A cultura latina dos Estados Unidos é o tema central desta edição do festival, que, além de cinema, inclui em sua programação exposições de artes plásticas, concertos, um fórum de debates sobre temas culturais ou políticos.

O fórum de debates e os encontros literários têm como lema uma frase inspirada em Carlos Fuentes: "Os latinos dos Estados Unidos, uma reconquista silenciosa?". Sua influência na vida política dos Estados Unidos, sua arte e cultura e o inglês com sotaque hispânico serão alguns dos temas de debate nas várias conferências e mesas redondas organizadas ao longo da semana.

Está prevista, ainda, uma exposição de fotografias de Annick Treguer, que fotografou murais pintados pelos "chicanos" dos Estados Unidos entre os anos 70 e 90, muitos dos quais já faleceram.

Neste ano a Cita presta homenagem ao cineasta argentino naturalizado brasileiro Héctor Babenco, com uma retrospectiva, e ao desenhista argentino Quino, criador da personagem Mafalda, com uma exposição.

Finalmente, em 4 de outubro será entregue, durante a festa de encerramento do festival, o Prêmio Literário Dois Oceanos, destinado a uma obra latino-americana traduzida para o francês, que neste ano foi atribuído para a cubana Enia Lycia Portelo por "Cent Bouteilles Sur Un Mur", publicado pela editora francesa Seuil e traduzida por François Maspero.
 

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