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05/10/2003
-
08h31
BRUNO YUTAKA SAITO
da Folha de S.Paulo
Os "reality shows" que pipocam na TV há pelo menos cinco anos baseiam-se em regrinhas como o voyeurismo do telespectador e o desespero pela fama dos participantes. Entretenimento puro sem nenhum valor artístico, certo?
"American Idol" --que estreou em 2002 nos EUA e cuja segunda temporada começa amanhã no Brasil pelo canal Sony-- é um dos programas mais malandros nesse sentido, já que se anuncia como porta de entrada de grandes talentos musicais. A fórmula não é nada nova, se lembrarmos que o britânico "Pop Idol" ou o "Show de Calouros" de Silvio Santos já faziam isso.
Dessa linhagem, "American Idol" é o programa mais bem-sucedido. O episódio final da última temporada teve uma audiência divulgada de 22,8 milhões de telespectadores, o maior sucesso daquele verão americano; a segunda temporada arrebatou cerca de 38 milhões de espectadores.
Como no brasileiro "Fama" (Globo), participantes convivem durante semanas em uma casa enquanto participam de aulas de aprimoramento (canto, expressão corporal etc.). No final, o vencedor grava um disco. Pronto, mais um astro pré-fabricado.
A primeira temporada deu aos EUA duas celebridades: a vencedora Kelly Clarkson (que ganhou cachê de US$ 1 milhão --cerca de R$ 2,9 milhões-- para gravar um disco) e o vice, o cantor Justin Guarini. Ganharam também um filme, "From Justin to Kelly".
A julgar pela audiência nos EUA, "reality shows" "do bem" estão na crista da onda, enquanto outros como "The Osbournes", politicamente incorretos, perdem telespectadores.
Nessa lógica, "American Idol" é o lobo em pele de cordeiro. O humor vem dos três "juízes": a sumida cantora Paula Abdul, o produtor Randy Jackson (que já trabalhou com artistas como Madonna e Elton John) e o executivo da BMG Simon Cowell. Esses últimos adoram humilhar os participantes: "Por favor, nunca mais cante na sua vida", ou "sua voz é boa, mas você tem uma aparência horrível demais para um astro".
O canal anuncia que foram cerca de 50 mil inscritos. A lógica parece ser: se não são poucos os que "pagam mico" em karaokês, por que não TV?
AMERICAN IDOL 2
Quando: amanhã, às 21h30, no Sony. A partir de 13/10: seg. e dom. (21h)
"Reality show" ri de astros pré-fabricados
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da Folha de S.Paulo
Os "reality shows" que pipocam na TV há pelo menos cinco anos baseiam-se em regrinhas como o voyeurismo do telespectador e o desespero pela fama dos participantes. Entretenimento puro sem nenhum valor artístico, certo?
"American Idol" --que estreou em 2002 nos EUA e cuja segunda temporada começa amanhã no Brasil pelo canal Sony-- é um dos programas mais malandros nesse sentido, já que se anuncia como porta de entrada de grandes talentos musicais. A fórmula não é nada nova, se lembrarmos que o britânico "Pop Idol" ou o "Show de Calouros" de Silvio Santos já faziam isso.
Dessa linhagem, "American Idol" é o programa mais bem-sucedido. O episódio final da última temporada teve uma audiência divulgada de 22,8 milhões de telespectadores, o maior sucesso daquele verão americano; a segunda temporada arrebatou cerca de 38 milhões de espectadores.
Como no brasileiro "Fama" (Globo), participantes convivem durante semanas em uma casa enquanto participam de aulas de aprimoramento (canto, expressão corporal etc.). No final, o vencedor grava um disco. Pronto, mais um astro pré-fabricado.
A primeira temporada deu aos EUA duas celebridades: a vencedora Kelly Clarkson (que ganhou cachê de US$ 1 milhão --cerca de R$ 2,9 milhões-- para gravar um disco) e o vice, o cantor Justin Guarini. Ganharam também um filme, "From Justin to Kelly".
A julgar pela audiência nos EUA, "reality shows" "do bem" estão na crista da onda, enquanto outros como "The Osbournes", politicamente incorretos, perdem telespectadores.
Nessa lógica, "American Idol" é o lobo em pele de cordeiro. O humor vem dos três "juízes": a sumida cantora Paula Abdul, o produtor Randy Jackson (que já trabalhou com artistas como Madonna e Elton John) e o executivo da BMG Simon Cowell. Esses últimos adoram humilhar os participantes: "Por favor, nunca mais cante na sua vida", ou "sua voz é boa, mas você tem uma aparência horrível demais para um astro".
O canal anuncia que foram cerca de 50 mil inscritos. A lógica parece ser: se não são poucos os que "pagam mico" em karaokês, por que não TV?
AMERICAN IDOL 2
Quando: amanhã, às 21h30, no Sony. A partir de 13/10: seg. e dom. (21h)
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