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01/11/2003 - 04h35

kd lang encanta com charme masculino no Tim Festival

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FERNANDA MENA
Enviada especial da Folha de S.Paulo ao Rio

De camisa branca aberta até o terceiro botão, terno preto, gel nos cabelos curtos e pés descalços, a "musa" canadense kd lang subiu anteontem no palco principal do Tim Festival e confundiu os desavisados com seu visual masculino e voz doce e poderosa.

Para a maior parte da platéia, é esse paradoxo o grande encanto de lang, considerada um ícone gay por ter assumido publicamente sua homossexualidade.

O show reuniu muitos casais de mulheres e até jovens senhoras. O clima era de romantismo intenso e a frequência da platéia revelou um universo gay feminino que extrapola os clichês e os estigmas.

"kd lang é uma lésbica superassumida. Tem uma estilo bem masculino e é muito sensual, o que a torna um fetiche irresistível para as mulheres", aposta a fã Maíra Silva, 25. Entre beijinhos, o casal Thaíssa, 22, e Carolina, 22, admite ter descoberto apenas há duas semanas quem é kd lang. "Percebi que a minoria do público desse palco é heterossexual. Mas acho furada essa história de ícone gay. As meninas de hoje não precisam de ninguém para levantar a sua bandeira", diz Thaíssa.

"Ela é um ícone GLS para as mulheres mais coroas. Saiu do armário faz tempo. É assumidíssima, como nós. Esse show é um evento gay e é muito romântico", disse Líbera Loepert, 45, que comemorou o aniversário de namoro com Viviane Lopes, 30.

Carismática, lang desceu à platéia, galanteou o público com frases como "Espero que este seja o início de uma longa história de amor entre nós". Fez graça, ensaiou dancinhas e jogou charme.

"Ela é um 'bofão'", disse a apresentadora Babi. "Ela é linda. Fiquei fascinada." A atriz Letícia Sabatella também se rendeu a lang: "Ela é muito autêntica. Adorei que ela está cantando descalça. Isso é superfeminino". As cantoras Marisa Monte, Zélia Duncan e Daniela Mercury também estavam no show. "Achei ela mais solta no palco do que nos discos. Sua voz me surpreendeu", disse Mercury. lang cantou Roy Orbinson, canções do disco que gravou com Tony Bennet, e encerrou o show com "So in Love", de Cole Porter, para delírio da platéia. "Seu show é intenso e romântico, para heteros ou homos", disse o produtor musical Nelson Motta.

Tim Lab

Parte do público migrou para o palco Lab logo após o final da apresentação de kd lang. Até mesmo Beth Gibbons --depois de um show emocionante em que escarafunchou amores sombrios e tristes ao som de um jazz preguiçoso-- foi conferir o Lambchop.

O grupo encheu o palco com seus nove integrantes e, com músicas tranquilas, transformou o espaço em uma grande sala-de-estar, com pessoas sentadas no chão. Quando apostou em canções rápidas, já havia gente cochilando. O show certo no palco errado. Acordados todos ficaram com a entrada do Los Hermanos, que fez o público cantar e dançar durante a maioria das músicas.

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