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03/11/2003 - 09h52

Veja quais foram os destaques do TIM Festival

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da Folha de S.Paulo

2 MANY DJ'S

Ingresso caro, dia errado, horário ingrato... Não importam os motivos, o fato é que o melhor show do Tim Festival, o da dupla 2 Many DJ's, foi testemunhado por poucos sortudos na madrugada de quinta para sexta --mesmo com a produção do festival liberando a entrada ao palco principal para o público que acompanhava o Tim Lab, não foi preenchida nem em um quarto a capacidade de 4.000 pessoas que caberiam no Tim Stage.

O que os irmãos belgas Stephen e David Dewaele fizeram com apenas dois CD players e dois pick-ups beirou o inacreditável. Deram outra definição para DJ's que "tocam de tudo".

Não há rótulo capaz de encaixar o 2 Many DJ's. Não interessa se é rock, tecno, house, soul, funk, electro, punk... Eles tocaram por duas horas e meia e em nenhum momento, seja com Jackson Five, seja mixando Nirvana e Daft Punk, deixaram o clima da pista esfriar. Além de um show, foi uma experiência memorável. Para os poucos que os viram.

WHITE STRIPES

Em sua trajetória de herói da música jovem contemporânea, Jack White passou pelo Rio de Janeiro, na sexta-feira, e fez jorrar de sua guitarra rock, punk, garagem e blues de raiz em 18 músicas rápidas, sólidas e inesquecíveis.

É cômodo para um festival escalar uma banda como o White Stripes. Gasta menos dinheiro. A urgência e a versatilidade com que White põe seu instrumento a serviço do novo rock equivale a dez bandas tocando. Suas mãos violentas (uma delas cheia de pinos fixa-fratura) contrastam com as mãos delicadas, ingênuas e estilosas da baterista Meg White, em uma adaptação roqueira e atual de "A Bela e a Fera".

Entre suas "tarefas" hercúleas no Rio, Jack ainda brigou bastante com o som montado para sua banda. Passou a primeira meia hora do show tentando consertar o zumbido barulhento que atrapalhava o barulho natural de seu som. Depois desencanou. Em uma atmosfera feliz e com um público jogando a favor, o White Stripes foi dez. Nos dois sentidos.

MCCOY TYNER BIG BAND

Houve algo de Pablo Picasso, de Samuel Beckett, de Stanley Kubrick. Houve algo de Sofia Loren, de Ferrari, de Muhammad Ali. A apresentação da McCoy Tyner Big Band teve um tanto de tantas e tantas fusões explícitas da arte com a potência.

Pela primeira vez no país com a sua orquestra, o pianista de "seis mãos", ex-escudeiro de John Coltrane, atingiu a epifania jazzística em duas horas.

Tyner não brilhou só. Abriu espaço para os solos de todos os 14 "faixas pretas" de sua orquestra (o menos esperto tirava a meia sem tirar o sapato). O surrado termo "fez história" se concretizou.

COLDCUT

E viva a revolução laptop! Penúltima atração do Tim Lab no sábado, o Coldcut não deixou dúvidas: os macs estão roubando a cena dos pick-ups na música eletrônica. Mixando, em tempo real, som (house, hip hop, dub) e imagens (política, desenho animado, videoclipe), o trio inglês fez um set para "ouver".

Num dos pontos mais altos da apresentação, "homenageou" George W. Bush e Tony Blair, ao som da romântica "Endless Love", de Diana Ross e Lionel Richie. Para coroar a noite, tocaram/exibiram um trecho do estiloso "Orfeu Negro", filme de 1959 do francês Marcel Camus. E o público assinou embaixo.

THE RAPTURE

Mesmo com pouco tempo de vida, a banda nova-iorquina Rapture é conhecida por shows antagônicos: ou são bem ruins, ou impressionantemente bons. Coloque a apresentação de sexta no Rio nesta segunda opção.

O Rapture não tem medo de escapar à definição "banda de rock" em seus shows: se é para animar o público, usam até sintetizadores e bases pré-gravadas em algumas músicas. Por outro lado, canções como "Out of the Races and Onto the Tracks", "I Need Your Love" e o superhit "House of Jealous Lovers" ganharam força e peso "rock and roll" ao vivo. Banda moderna é isso aí.

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