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08/11/2003
-
03h42
MASSIMO GENTILE
editor de Arte da Folha
A "Storia dell'Arte Italiana" foi um livro cultuado por gerações de italianos. A primeira edição foi publicada em abril de 1968, na véspera da temporada das contestações estudantis.
O livro era destinado a preencher uma lacuna no ensino secundário. Mas um dos efeitos do maio de 1968 foi justamente a liberalização do acesso às universidades humanistas.
A faculdade de arquitetura, assim como a de letra e filosofia, que incluíam o curso de história da arte, multiplicaram o número de inscritos, ganharam peso no mundo acadêmico e viraram o motor cultural da contestação.
Nesse clima, a proposta de Argan de enfrentar a história da arte em relação às evoluções sociais e tecnológicas foi um sucesso, tanto que logo o livro veio a ser considerado "o" manual da formação da crítica de arte na universidade.
Os únicos defeitos da primeira edição eram o papel e as reproduções, não à altura do texto. Mas é compreensível: na época era obrigatório manter livre o acesso às universidades, bem como vender os livros a preços baixos.
Foi com a segunda edição, de 1988, a mesma que está sendo lançada no Brasil, que a "Storia dell'Arte Italiana" ganhou a dignidade de um clássico.
Com a melhoria das reproduções e do papel e com um novo e eficiente projeto gráfico, o livro finalmente assumiu o aspecto de enciclopédia.
Com certeza o texto e as idéias de Argan merecem esse respeito. Mesmo assim, nas estantes dos italianos que sonharam em mudar o mundo com a "criatividade", ainda hoje é nostalgicamente presente a primeira versão do "manual", aquela com um visual um pouco austero, típico dos livros pensados para a escola.
Leia mais
Obra de Argan sintetiza história artística italiana
Lançamento terá seminário com pesos-pesados
Obra de Argan é cultuada por gerações
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editor de Arte da Folha
A "Storia dell'Arte Italiana" foi um livro cultuado por gerações de italianos. A primeira edição foi publicada em abril de 1968, na véspera da temporada das contestações estudantis.
O livro era destinado a preencher uma lacuna no ensino secundário. Mas um dos efeitos do maio de 1968 foi justamente a liberalização do acesso às universidades humanistas.
A faculdade de arquitetura, assim como a de letra e filosofia, que incluíam o curso de história da arte, multiplicaram o número de inscritos, ganharam peso no mundo acadêmico e viraram o motor cultural da contestação.
Nesse clima, a proposta de Argan de enfrentar a história da arte em relação às evoluções sociais e tecnológicas foi um sucesso, tanto que logo o livro veio a ser considerado "o" manual da formação da crítica de arte na universidade.
Os únicos defeitos da primeira edição eram o papel e as reproduções, não à altura do texto. Mas é compreensível: na época era obrigatório manter livre o acesso às universidades, bem como vender os livros a preços baixos.
Foi com a segunda edição, de 1988, a mesma que está sendo lançada no Brasil, que a "Storia dell'Arte Italiana" ganhou a dignidade de um clássico.
Com a melhoria das reproduções e do papel e com um novo e eficiente projeto gráfico, o livro finalmente assumiu o aspecto de enciclopédia.
Com certeza o texto e as idéias de Argan merecem esse respeito. Mesmo assim, nas estantes dos italianos que sonharam em mudar o mundo com a "criatividade", ainda hoje é nostalgicamente presente a primeira versão do "manual", aquela com um visual um pouco austero, típico dos livros pensados para a escola.
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