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11/11/2003
-
19h17
HENRI CARRIÈRES
free-lance para a Folha, no Rio
O diretor teatral Gerald Thomas, 49, indiciado por prática de ato obsceno em lugar exposto ao público, disse hoje que seu caso poderá prejudicar a imagem do Rio internacionalmente, além de torná-lo um inimigo da cidade.
Thomas esteve hoje no TJ (Tribunal de Justiça) do Rio para uma segunda audiência com o juiz do 2º Juizado Especial Criminal, Antônio Carlos Nascimento Andrade. Havia a expectativa de que a sentença poderia ser anunciada pelo juiz, mas a audiência foi adiada para 17 de fevereiro.
"Isso pode acabar repercutindo muito mal para o turismo do Rio. Se o turismo quiser perder, vamos ver até onde vai isso. É muito melhor ter Gerald Thomas como aliado, escrevendo artigos fervorosamente a favor do Rio, do que fervorosamente contra", disse ele após o anúncio do adiamento.
Thomas foi indiciado no artigo 233 do Código Penal, que prevê pena de três meses a um ano de detenção ou pagamento de multa.
No dia de 17 de agosto deste ano, diante das vaias que se seguiram à estréia da peça "Tristão e Isolda", Thomas abaixou as calças e exibiu as nádegas para a platéia do Teatro Municipal do Rio.
Para exemplificar o que considera má repercussão do episódio, o diretor mostrou reportagem publicada hoje no jornal americano "The New York Times". "Trata-se, afinal, de uma cidade notoriamente permissiva e, até mesmo, licenciosa", diz o texto.
Na primeira audiência judicial, em 28 de agosto, ele recusou o acordo proposto pelo Ministério Público: em troca do pagamento de cinco salários mínimos, o processo seria suspenso.
O motivo do adiamento da audiência foi a ausência da secretária de Cultura do Estado, Helena Severo --testemunha considerada fundamental pelo Ministério Público. Ela disse à Folha que tinha uma reunião no horário da audiência, mas que mandou o procurador do Municipal, Alexis Cristo, para justificar sua ausência. "Estou inteiramente à disposição da Justiça."
Thomas criticou a secretária, que preside a Fundação Teatro Municipal. "Fui completamente censurado pela Helena Severo durante todo o processo de ensaio", afirmou.
"Não houve censura nenhuma da nossa parte, nem minha nem da direção artística do teatro, tanto é que o espetáculo foi encenado", rebateu Severo.
Thomas também criticou o chefe da Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins, que ordenou a abertura do inquérito. Lins, que foi chamado de "chefe da insegurança", disse que não comentaria o caso. O Ministério Público deverá oferecer denúncia contra Thomas por ofensa à honra. Em agosto, Thomas teria chamado o policial de "burocrata ignorante". A audiência se realizará também em 17 de fevereiro.
Audiência de Gerald Thomas é adiada para fevereiro
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free-lance para a Folha, no Rio
O diretor teatral Gerald Thomas, 49, indiciado por prática de ato obsceno em lugar exposto ao público, disse hoje que seu caso poderá prejudicar a imagem do Rio internacionalmente, além de torná-lo um inimigo da cidade.
Thomas esteve hoje no TJ (Tribunal de Justiça) do Rio para uma segunda audiência com o juiz do 2º Juizado Especial Criminal, Antônio Carlos Nascimento Andrade. Havia a expectativa de que a sentença poderia ser anunciada pelo juiz, mas a audiência foi adiada para 17 de fevereiro.
"Isso pode acabar repercutindo muito mal para o turismo do Rio. Se o turismo quiser perder, vamos ver até onde vai isso. É muito melhor ter Gerald Thomas como aliado, escrevendo artigos fervorosamente a favor do Rio, do que fervorosamente contra", disse ele após o anúncio do adiamento.
Thomas foi indiciado no artigo 233 do Código Penal, que prevê pena de três meses a um ano de detenção ou pagamento de multa.
No dia de 17 de agosto deste ano, diante das vaias que se seguiram à estréia da peça "Tristão e Isolda", Thomas abaixou as calças e exibiu as nádegas para a platéia do Teatro Municipal do Rio.
Para exemplificar o que considera má repercussão do episódio, o diretor mostrou reportagem publicada hoje no jornal americano "The New York Times". "Trata-se, afinal, de uma cidade notoriamente permissiva e, até mesmo, licenciosa", diz o texto.
Na primeira audiência judicial, em 28 de agosto, ele recusou o acordo proposto pelo Ministério Público: em troca do pagamento de cinco salários mínimos, o processo seria suspenso.
O motivo do adiamento da audiência foi a ausência da secretária de Cultura do Estado, Helena Severo --testemunha considerada fundamental pelo Ministério Público. Ela disse à Folha que tinha uma reunião no horário da audiência, mas que mandou o procurador do Municipal, Alexis Cristo, para justificar sua ausência. "Estou inteiramente à disposição da Justiça."
Thomas criticou a secretária, que preside a Fundação Teatro Municipal. "Fui completamente censurado pela Helena Severo durante todo o processo de ensaio", afirmou.
"Não houve censura nenhuma da nossa parte, nem minha nem da direção artística do teatro, tanto é que o espetáculo foi encenado", rebateu Severo.
Thomas também criticou o chefe da Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins, que ordenou a abertura do inquérito. Lins, que foi chamado de "chefe da insegurança", disse que não comentaria o caso. O Ministério Público deverá oferecer denúncia contra Thomas por ofensa à honra. Em agosto, Thomas teria chamado o policial de "burocrata ignorante". A audiência se realizará também em 17 de fevereiro.
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