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07/12/2003
-
06h16
CLÁUDIA CROITOR
Free-lance para a Folha de S.Paulo, do Rio
Na primeira edição, um rapaz conquistou a simpatia do público com seu jeito caipira e levou o prêmio de R$ 500 mil. Na segunda, o vencedor era do interior, com jeito caipira. Na terceira... mais um vencedor com jeito de caipira simpático. Mesmo com a repetição, os índices de audiência foram altos, e a Globo continua a acreditar no "Big Brother Brasil".
Às voltas com a produção da quarta edição do "reality show", que estréia em janeiro, o diretor J.B. de Oliveira, o Boninho, nega que a fórmula do programa esteja desgastada e aposta todas as fichas no elenco. "O formato se renova, principalmente com os novos participantes", diz.
Segundo ele, esta é a edição com o maior número de pré-selecionados --as inscrições foram feitas com o envio de vídeos em que os candidatos se apresentavam.
Boninho conversou com a Folha por e-mail.
Folha - O sr. teme que a fórmula do "Big Brother Brasil" esteja desgastada? Que fazer para que o público não se canse?
J.B. de Oliveira - A expectativa é a melhor possível, acreditamos que o programa terá a mesma receptividade dos outros três. O formato se renova, principalmente com o novo mix de participantes.
Folha - O que haverá de novo?
Oliveira - Tudo muda. Decoração, provas e, principalmente, os moradores fazem a diferença. Não posso contar agora porque, do contrário, os participantes já entram sabendo, se preparam.
Folha - Recentemente, Mário Lucio Vaz [diretor da Central Globo de Controle de Qualidade] determinou a diminuição de palavrões e cenas de sexo na programação. Como isso influi no "BBB"?
Oliveira - Não temos como influenciar ou administrar o que pode acontecer dentro da casa. Seria impossível pedir, por exemplo, para que eles falassem menos palavrões, isso seria uma forma de dirigi-los. Mas sempre temos o recurso da edição para evitar a exibição na TV Globo do que sai do padrão. Já a TV paga terá o material gerado ao vivo.
Folha - Uma das principais críticas aos "reality shows" é que se aproveitam de pessoas em situações-limite para atingir a audiência. Para o sr., qual é o limite para mostrar ou não cenas que possam expor demais os participantes?
Oliveira - Procuramos nos focar em relacionamentos e escolhemos principalmente quem não está disposto a se exibir.
Folha - Quais são os critérios para manter o nível de qualidade?
Oliveira - O que faz a diferença é a edição bem-humorada e crítica.
Folha - "No Limite" e "BBB" foram marcos na TV pelo formato inovador e grandes audiências. Mas "reality shows" produzidos pela Globo recentemente não tiveram muito sucesso. A fórmula está perdendo a força?
Oliveira - O formato ocupou seu espaço. Na televisão aberta americana estão no ar mais de 20 "realities" e, na fechada, mais de 50. "Reality" é uma fórmula consagrada e absorvida pelas TVs. Alguns fazem mais sucesso, mas o formato chegou e se estabeleceu.
Elenco é aposta para renovar "BBB 4"
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Free-lance para a Folha de S.Paulo, do Rio
Na primeira edição, um rapaz conquistou a simpatia do público com seu jeito caipira e levou o prêmio de R$ 500 mil. Na segunda, o vencedor era do interior, com jeito caipira. Na terceira... mais um vencedor com jeito de caipira simpático. Mesmo com a repetição, os índices de audiência foram altos, e a Globo continua a acreditar no "Big Brother Brasil".
Às voltas com a produção da quarta edição do "reality show", que estréia em janeiro, o diretor J.B. de Oliveira, o Boninho, nega que a fórmula do programa esteja desgastada e aposta todas as fichas no elenco. "O formato se renova, principalmente com os novos participantes", diz.
Segundo ele, esta é a edição com o maior número de pré-selecionados --as inscrições foram feitas com o envio de vídeos em que os candidatos se apresentavam.
Boninho conversou com a Folha por e-mail.
Folha - O sr. teme que a fórmula do "Big Brother Brasil" esteja desgastada? Que fazer para que o público não se canse?
J.B. de Oliveira - A expectativa é a melhor possível, acreditamos que o programa terá a mesma receptividade dos outros três. O formato se renova, principalmente com o novo mix de participantes.
Folha - O que haverá de novo?
Oliveira - Tudo muda. Decoração, provas e, principalmente, os moradores fazem a diferença. Não posso contar agora porque, do contrário, os participantes já entram sabendo, se preparam.
Folha - Recentemente, Mário Lucio Vaz [diretor da Central Globo de Controle de Qualidade] determinou a diminuição de palavrões e cenas de sexo na programação. Como isso influi no "BBB"?
Oliveira - Não temos como influenciar ou administrar o que pode acontecer dentro da casa. Seria impossível pedir, por exemplo, para que eles falassem menos palavrões, isso seria uma forma de dirigi-los. Mas sempre temos o recurso da edição para evitar a exibição na TV Globo do que sai do padrão. Já a TV paga terá o material gerado ao vivo.
Folha - Uma das principais críticas aos "reality shows" é que se aproveitam de pessoas em situações-limite para atingir a audiência. Para o sr., qual é o limite para mostrar ou não cenas que possam expor demais os participantes?
Oliveira - Procuramos nos focar em relacionamentos e escolhemos principalmente quem não está disposto a se exibir.
Folha - Quais são os critérios para manter o nível de qualidade?
Oliveira - O que faz a diferença é a edição bem-humorada e crítica.
Folha - "No Limite" e "BBB" foram marcos na TV pelo formato inovador e grandes audiências. Mas "reality shows" produzidos pela Globo recentemente não tiveram muito sucesso. A fórmula está perdendo a força?
Oliveira - O formato ocupou seu espaço. Na televisão aberta americana estão no ar mais de 20 "realities" e, na fechada, mais de 50. "Reality" é uma fórmula consagrada e absorvida pelas TVs. Alguns fazem mais sucesso, mas o formato chegou e se estabeleceu.
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