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19/12/2003
-
04h23
FABIO CYPRIANO
da Folha de S.Paulo
O Museu de Arte de São Paulo (Masp) teve sua sede na avenida Paulista tombada, em esfera federal, anteontem, pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília.
"Foram tombadas a arquitetura e as estruturas originais do prédio, ficando indicada e recomendada a preservação dos grandes vãos como espaços expositivos", afirma Maurício Chagas, diretor do departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan, que participou da reunião do Conselho.
Havia dois pedidos de tombamento no Iphan: um encaminhado pelo próprio Masp, pedindo apenas o tombamento do edifício, e outro mais amplo, do Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, solicitando também a preservação da concepção original de Lina Bo Bardi (1914-1992), arquiteta que projetou o museu, com amplos espaços expositivos, sem paredes divisórias, instaladas na atual gestão do arquiteto Júlio Neves à frente da instituição.
Pela decisão do Iphan, venceu a direção do Masp, pois os famosos cavaletes de concreto e vidro, que permitiam maior fluidez na área expositiva, não devem ser usados de forma obrigatória, de acordo com o tombamento aprovado.
"Não está sendo tombada a disposição museográfica. O espaço permite as mais variadas concepções museográficas, e indicamos que a fluidez original seja mantida. Mas não haverá sanção, caso tal disposição não seja aceita", afirma Chagas.
"É um reconhecimento ao trabalho da Lina, e uma vitória também da cidade de São Paulo. Pedimos o tombamento do Masp para alcançar prestígio nacional, pois nossa cidade tem poucos símbolos reconhecidos. O Masp já é tombado na esfera estadual e municipal, todas as obras de adaptações no museu que realizamos foram aprovadas por órgãos estaduais e municipais", conta Júlio Neves.
Efetivação
Para que seja efetivado, o tombamento precisa ainda ser homologado pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil, mas o prazo para tal ato não é certo, segundo Chagas.
"Ainda não fomos informados formalmente do tombamento. O que gostaríamos é que o Masp fosse mantido na forma original de concepção de Lina e do Bardi", conta Flávia Damico, arquiteta do Instituto que leva o nome dos criadores do museu.
Na mesma reunião do Conselho Consultivo, foi decidido o tombamento da cidade Piranhas, em Alagoas, e a ampliação da área tombada da cidade de Goiás Velho, em Goiás.
Outro ponto da pauta, o tombamento do corredor da Vitória, em Salvador, foi adiado, pois um dos membros da instituição pediu vistas do processo.
Masp tombado não exige uso de cavaletes
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da Folha de S.Paulo
O Museu de Arte de São Paulo (Masp) teve sua sede na avenida Paulista tombada, em esfera federal, anteontem, pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília.
"Foram tombadas a arquitetura e as estruturas originais do prédio, ficando indicada e recomendada a preservação dos grandes vãos como espaços expositivos", afirma Maurício Chagas, diretor do departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan, que participou da reunião do Conselho.
Havia dois pedidos de tombamento no Iphan: um encaminhado pelo próprio Masp, pedindo apenas o tombamento do edifício, e outro mais amplo, do Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, solicitando também a preservação da concepção original de Lina Bo Bardi (1914-1992), arquiteta que projetou o museu, com amplos espaços expositivos, sem paredes divisórias, instaladas na atual gestão do arquiteto Júlio Neves à frente da instituição.
Pela decisão do Iphan, venceu a direção do Masp, pois os famosos cavaletes de concreto e vidro, que permitiam maior fluidez na área expositiva, não devem ser usados de forma obrigatória, de acordo com o tombamento aprovado.
"Não está sendo tombada a disposição museográfica. O espaço permite as mais variadas concepções museográficas, e indicamos que a fluidez original seja mantida. Mas não haverá sanção, caso tal disposição não seja aceita", afirma Chagas.
"É um reconhecimento ao trabalho da Lina, e uma vitória também da cidade de São Paulo. Pedimos o tombamento do Masp para alcançar prestígio nacional, pois nossa cidade tem poucos símbolos reconhecidos. O Masp já é tombado na esfera estadual e municipal, todas as obras de adaptações no museu que realizamos foram aprovadas por órgãos estaduais e municipais", conta Júlio Neves.
Efetivação
Para que seja efetivado, o tombamento precisa ainda ser homologado pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil, mas o prazo para tal ato não é certo, segundo Chagas.
"Ainda não fomos informados formalmente do tombamento. O que gostaríamos é que o Masp fosse mantido na forma original de concepção de Lina e do Bardi", conta Flávia Damico, arquiteta do Instituto que leva o nome dos criadores do museu.
Na mesma reunião do Conselho Consultivo, foi decidido o tombamento da cidade Piranhas, em Alagoas, e a ampliação da área tombada da cidade de Goiás Velho, em Goiás.
Outro ponto da pauta, o tombamento do corredor da Vitória, em Salvador, foi adiado, pois um dos membros da instituição pediu vistas do processo.
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