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08/01/2004
-
12h07
JEAN-MICHEL STOULLIG
da France Presse, em Viena
Os austríacos até fazem piada a respeito de Mozart, como mostra uma peça teatral em cartaz em Viena, mas as comemorações do 250º aniversário do genial músico, filho preferido da Áustria, já estão sendo preparadas com muita seriedade e com dois anos de antecedência pelos setores de cultura e turismo do país.
Peter Marboe, organizador das festividades em Viena, informou à France Presse que uma série de eventos culturais está sendo planejada, incluindo a criação de várias óperas inspiradas no grande compositor.
Além disso, à espera de 2006, Wolfgang Amadeus Mozart já ocupa o programa de várias salas de concertos, além de alguns teatros, da capital austríaca.
Em "Mozarts Vision", o espectador observa um Mozart iluminado e hiperativo, em meio a uma família extravagante: sua irmã Nannerl é transexual, seu pai Leopold um pequeno burguês amargo e sua esposa Constance uma ninfomaníaca.
O autor da peça, o poeta e dramaturgo Franzobel, aproveita a trama para criticar a sociedade contemporânea. A obra é encenada de maneira alternada no Volkstheater com "Amadeus", de Peter Shaffer, famosa no mundo inteiro pela adaptação cinematográfica de Milos Forman.
As duas peças, muito diferentes, ratificam a tese de envenenamento, que hoje os especialista tendem a descartar. Para Shaffer, o gênio foi envenenado por Antonio Salieri, rival musical, e segundo Franzobel por Franz Hofdemel, potencial rival amoroso.
Viena, onde o compositor morreu no dia 5 de dezembro de 1791, não quer perder tempo e já se prepara para o 250º aniversário de Johannes Christomus Wolfgangus Theophilius Mozart, nascido a 27 de janeiro de 1756 em Salzburgo.
O gabinete de turismo da "capital da música" considera o "Mozart 2006" tão importante quanto a EuroCopa-2008, que o país sediará em conjunto com a Suíça, para atrair os turistas. Metade dos visitantes de Viena cita a cultura como principal motivação para a viagem.
"É legítimo pensar no turismo", afirma Marboe, que rejeita a idéia da comercialização desenfreada de Mozart.
"Nunca se ouvirá Mozart em excesso. Um presente divino para a humanidade", declara, para logo depois acrescentar que deseja evitar a "saturação" constatada em aniversários simbólicos precedentes, como os de Franz Schubert e Johann Strauss.
Entre os atos planejados, destacam-se evidentemente os concertos, mas também peças de teatro, exposições e fóruns sobre o gênio e a posição da música na sociedade.
O 250º aniversário de Mozart também será celebrado em outras cidades da Europa nas quais o compositor viveu, começando por sua terra natal, Salzburgo.
Além de seu festival anual, Salzburgo prepara o ano "Viva Mozart", que incluirá uma grande exposição em um novo museu que será inaugurado na véspera do aniversário, 26 de janeiro.
Mozart é um dos principais símbolos da Áustria, onde sua imagem pode ser encontrada, por exemplo, nas típicas bolas de chocolate e na moeda austríaca de um euro.
Áustria prepara "Mozart 2006" para lembrar os 250 anos do compositor
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da France Presse, em Viena
Os austríacos até fazem piada a respeito de Mozart, como mostra uma peça teatral em cartaz em Viena, mas as comemorações do 250º aniversário do genial músico, filho preferido da Áustria, já estão sendo preparadas com muita seriedade e com dois anos de antecedência pelos setores de cultura e turismo do país.
Peter Marboe, organizador das festividades em Viena, informou à France Presse que uma série de eventos culturais está sendo planejada, incluindo a criação de várias óperas inspiradas no grande compositor.
Além disso, à espera de 2006, Wolfgang Amadeus Mozart já ocupa o programa de várias salas de concertos, além de alguns teatros, da capital austríaca.
Em "Mozarts Vision", o espectador observa um Mozart iluminado e hiperativo, em meio a uma família extravagante: sua irmã Nannerl é transexual, seu pai Leopold um pequeno burguês amargo e sua esposa Constance uma ninfomaníaca.
O autor da peça, o poeta e dramaturgo Franzobel, aproveita a trama para criticar a sociedade contemporânea. A obra é encenada de maneira alternada no Volkstheater com "Amadeus", de Peter Shaffer, famosa no mundo inteiro pela adaptação cinematográfica de Milos Forman.
As duas peças, muito diferentes, ratificam a tese de envenenamento, que hoje os especialista tendem a descartar. Para Shaffer, o gênio foi envenenado por Antonio Salieri, rival musical, e segundo Franzobel por Franz Hofdemel, potencial rival amoroso.
Viena, onde o compositor morreu no dia 5 de dezembro de 1791, não quer perder tempo e já se prepara para o 250º aniversário de Johannes Christomus Wolfgangus Theophilius Mozart, nascido a 27 de janeiro de 1756 em Salzburgo.
O gabinete de turismo da "capital da música" considera o "Mozart 2006" tão importante quanto a EuroCopa-2008, que o país sediará em conjunto com a Suíça, para atrair os turistas. Metade dos visitantes de Viena cita a cultura como principal motivação para a viagem.
"É legítimo pensar no turismo", afirma Marboe, que rejeita a idéia da comercialização desenfreada de Mozart.
"Nunca se ouvirá Mozart em excesso. Um presente divino para a humanidade", declara, para logo depois acrescentar que deseja evitar a "saturação" constatada em aniversários simbólicos precedentes, como os de Franz Schubert e Johann Strauss.
Entre os atos planejados, destacam-se evidentemente os concertos, mas também peças de teatro, exposições e fóruns sobre o gênio e a posição da música na sociedade.
O 250º aniversário de Mozart também será celebrado em outras cidades da Europa nas quais o compositor viveu, começando por sua terra natal, Salzburgo.
Além de seu festival anual, Salzburgo prepara o ano "Viva Mozart", que incluirá uma grande exposição em um novo museu que será inaugurado na véspera do aniversário, 26 de janeiro.
Mozart é um dos principais símbolos da Áustria, onde sua imagem pode ser encontrada, por exemplo, nas típicas bolas de chocolate e na moeda austríaca de um euro.
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