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15/01/2004 - 03h58

"O metal não é piada", diz vocalista do Iron Maiden

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DIEGO ASSIS
da Folha de S.Paulo

Leia a seguir trechos da entrevista com o vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, 45, de Santiago do Chile.

Folha de S.Paulo - Esta é a quinta vez que o Iron Maiden toca no Brasil. O que é que atrai vocês aqui?

Bruce Dickinson - É essa sensação de que o público gosta de todos os tipos de música. Quando você toca algo mais calmo, as pessoas gostam. Em outros lugares, os fãs não vão entender. É recompensador tocar para um público que ouça a música em vez de ficar apenas pulando, enlouquecido.

Folha de S.Paulo - Como será o show?

Dickinson - Trouxemos a turnê completa do "Dance of Death" para a América do Sul. Vamos tocar muitas coisas desse disco, mas também teremos algumas surpresas dos velhos tempos. Será um show com muitos Eddies [os bonecos/mascotes da banda], cenários, bandeiras, será bem legal. Um grande, grande show.

Folha de S.Paulo - Grande quanto?

Dickinson - Vai depender da platéia (risos).

Folha de S.Paulo - O metal voltou a ser notícia. Nomes como Ozzy Osbourne e o grupo inglês The Darkness não saem da mídia. Mas há uma dose de ironia aí. O metal é engraçado?

Dickinson - O Darkness é uma banda que ninguém sabe se vai ser bem-sucedida, eles só fizeram um disco. Mas acho que eles estão brincando demais. Muitos garotos gostam desse tipo de música [heavy metal] e acreditam nela profundamente. E acham ofensivo quando as pessoas começam a dizer: "Ei, é tudo uma piada". Porque não é.

Folha de S.Paulo - E o Ozzy?

Dickinson - Ele tem sua própria carreira e faz o que quiser. A Sharon [Osbourne, mulher do músico] é sua empresária e obviamente acha que o certo é fazer "reality shows". Nosso negócio é música.

Folha de S.Paulo - Vocês estão juntos há mais de 20 anos. Como tem sido o relacionamento entre a banda?

Dickinson - Estamos passando por um ótimo período. Tivemos alguns dias de folga. Está sol. Pudemos tomar algumas cervejas...

Folha de S.Paulo - Em entrevista à revista "Q" vocês disseram que iriam pegar mais leve daqui para a frente.

Dickinson - Foram nove meses de turnê. Antes do Natal, quando fizemos essa entrevista, estávamos chegando ao final de uma temporada difícil na Europa. Estávamos totalmente quebrados.

Folha de S.Paulo - Gostaria de fazer algum comentário sobre Tony Blair e a política externa de seu país?

Dickinson - Eu não quero me envolver com política. Não é isso o que fazemos. Somos músicos, somos o Iron Maiden. É isso.

IRON MAIDEN - RIO DE JANEIRO
Quando: amanhã, às 21h30 (abertura 1h30 antes)
Onde: Claro Hall (av. Ayrton Senna, 3.000, shopping V. Parque, Barra da Tijuca). 8.000 pessoas
Quanto: R$ 120 (pista), R$ 180 (poltrona superior) e R$ 250 (camarotes)
Ingressos por tel.: 0300-7896846
Apoio: Del Valle, Hertz, Visa

IRON MAIDEN - SÃO PAULO
Quando: sáb., às 21h (abertura 5h antes)
Onde: estádio do Pacaembu (r. Charles Muller, s/nº, Pacaembu). 42 mil lugares
Quanto: R$ 50 (arquibancada), R$ 70 (cadeira descoberta), R$ 90 (pista) e R$ 120 (cadeira coberta)
Ingressos por tel.: 0/ xx/11/6846-6000)
Apoio: Prefeitura de São Paulo

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