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06/02/2004
-
05h47
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
da Folha de S.Paulo
Paulo Ricardo afirma que vai, sim, lançar em março ou abril um novo disco do RPM, mesmo que os ex-integrantes Luiz Schiavon e Fernando Deluqui cumpram a promessa de entrar na Justiça contra o uso da marca pelo líder da banda.
A discórdia agravou-se em dezembro, quando veio a público que o novo disco do RPM teria participação ativa do duo eletrônico alagoano Sonic Jr. Schiavon e Deluqui discordaram desse rumo e romperam publicamente com Paulo Ricardo.
"O problema é o modo despótico como ele faz as coisas, como se tivesse a prerrogativa de agir como bem entendesse", critica Schiavon. "Só não queremos que ele use o nome do RPM."
"Luiz queria mais do mesmo, defendia um estilo RPM, como se fosse uma camisa-de-força. Acho que no pop-rock é preciso se renovar", responde Paulo Ricardo, que continua a ter o baterista Paulo P.A. Pagni a seu lado.
"A cisão vinha ocorrendo ao longo de meses, havia um apodrecimento das relações dentro do RPM", afirma Deluqui. "Alguma coisa fez com que Paulo pirasse e quisesse me botar para fora de qualquer jeito." Paulo se defende: "Entendo que ele gostaria de acumular suas funções no RPM com sua carreira solo, mas não é possível".
"Nossa arma é a música, quero ver o que os dois têm a mostrar. Não têm carreira juntos, nunca se deram muito bem. Ação jurídica não é rock'n'roll", ataca o líder, dizendo-se disposto a manter a tarja RPM em seu RPM Jr.
Hip Hop lá
Assessor especial de Luiz Inácio Lula da Silva, o frade dominicano Frei Betto confirma o encontro entre o presidente e representantes do movimento hip hop brasileiro. "Falei com o presidente, ele aceitou receber o hip hop e MV Bill. Agora, batalho junto a quem marca a agenda para precisar a hora e o dia", afirma. ¦
Hip Hop eleitor
"É ingênuo achar que o governo não queira capitalizar o encontro", diz o empresário de MV Bill, Celso Athayde. "O hip hop é um movimento político e o governo também é. Ele que capitalize, e a gente também", afirma. Para ele, caberá ao movimento ter maturidade para não permitir que se corra esse risco.
Felizes para sempre
A Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD) comemora a prorrogação da Comissão Parlamentar de Inquérito da pirataria, que tem prazo extra até 23 de março e pode ser estendida em mais 60 dias. "Ela deveria existir para sempre, porque nunca o governo encarou o problema de forma séria e profunda, como a CPI está fazendo", diz o diretor-geral Paulo Rosa.
Rico Ecad
Enquanto a crise progride na indústria, o Escritório Central de Arrecadação de Direitos (Ecad) comemora mais crescimento de arrecadação. O recolhimento de direitos autorais em música subiu 18,6% de 2002 para 2003.
E-mail: psanches@folhasp.com.br
Ruído: RPM ou RPM Jr.?
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da Folha de S.Paulo
Paulo Ricardo afirma que vai, sim, lançar em março ou abril um novo disco do RPM, mesmo que os ex-integrantes Luiz Schiavon e Fernando Deluqui cumpram a promessa de entrar na Justiça contra o uso da marca pelo líder da banda.
A discórdia agravou-se em dezembro, quando veio a público que o novo disco do RPM teria participação ativa do duo eletrônico alagoano Sonic Jr. Schiavon e Deluqui discordaram desse rumo e romperam publicamente com Paulo Ricardo.
"O problema é o modo despótico como ele faz as coisas, como se tivesse a prerrogativa de agir como bem entendesse", critica Schiavon. "Só não queremos que ele use o nome do RPM."
"Luiz queria mais do mesmo, defendia um estilo RPM, como se fosse uma camisa-de-força. Acho que no pop-rock é preciso se renovar", responde Paulo Ricardo, que continua a ter o baterista Paulo P.A. Pagni a seu lado.
"A cisão vinha ocorrendo ao longo de meses, havia um apodrecimento das relações dentro do RPM", afirma Deluqui. "Alguma coisa fez com que Paulo pirasse e quisesse me botar para fora de qualquer jeito." Paulo se defende: "Entendo que ele gostaria de acumular suas funções no RPM com sua carreira solo, mas não é possível".
"Nossa arma é a música, quero ver o que os dois têm a mostrar. Não têm carreira juntos, nunca se deram muito bem. Ação jurídica não é rock'n'roll", ataca o líder, dizendo-se disposto a manter a tarja RPM em seu RPM Jr.
Hip Hop lá
Assessor especial de Luiz Inácio Lula da Silva, o frade dominicano Frei Betto confirma o encontro entre o presidente e representantes do movimento hip hop brasileiro. "Falei com o presidente, ele aceitou receber o hip hop e MV Bill. Agora, batalho junto a quem marca a agenda para precisar a hora e o dia", afirma. ¦
Hip Hop eleitor
"É ingênuo achar que o governo não queira capitalizar o encontro", diz o empresário de MV Bill, Celso Athayde. "O hip hop é um movimento político e o governo também é. Ele que capitalize, e a gente também", afirma. Para ele, caberá ao movimento ter maturidade para não permitir que se corra esse risco.
Felizes para sempre
A Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD) comemora a prorrogação da Comissão Parlamentar de Inquérito da pirataria, que tem prazo extra até 23 de março e pode ser estendida em mais 60 dias. "Ela deveria existir para sempre, porque nunca o governo encarou o problema de forma séria e profunda, como a CPI está fazendo", diz o diretor-geral Paulo Rosa.
Rico Ecad
Enquanto a crise progride na indústria, o Escritório Central de Arrecadação de Direitos (Ecad) comemora mais crescimento de arrecadação. O recolhimento de direitos autorais em música subiu 18,6% de 2002 para 2003.
E-mail: psanches@folhasp.com.br
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