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13/02/2004 - 08h33

Jack Black ensina Ramones aos alunos de "Escola do Rock"

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PAOULA ABOU-JAOUDE
free-lance para a Folha, de Los Angeles

Jim Carrey que tome cuidado. O rechonchudo Jack Black está chegando mais perto do posto de comediante de primeira grandeza em Hollywood.

Ele prova sua alta voltagem histriônica em "Escola do Rock", comédia dirigida pelo diretor cult Richard Linklater, que conta a história de um roqueiro frustrado que se torna um professor substituto numa escola primária.

Black, que se tornou conhecido por sua participação nas comédias "Alta Fidelidade" (no qual já demonstrava suas virtudes como cantor, interpretando "Let's Get it On", de Marvin Gaye) e "O Amor É Cego", também tem uma banda, a Tenacious D, cujo estilo no palco está mais próximo do Chacrinha que de Ozzy Osbourne.

Black falou à Folha sobre sua participação em "Escola do Rock", que lhe rendeu uma indicação para o Globo de Ouro de melhor ator.

Folha - "Escola do Rock" foi escrito por um amigo seu que tinha você em mente para o papel principal. Você chegou a opinar na construção do personagem?
Jack Black -
Mike White me ligou dizendo que gostaria de escrever um filme no qual eu interpretasse um professor substituto que é um músico frustrado. Se eu estive envolvido no processo de roteirização? Não, mas o papel foi talhado especialmente para realçar minha personalidade. Às vezes pode parecer que estou improvisando, mas não. Mike escreveu o roteiro para atender à minha cadência.

Folha - E o diretor Richard Linklater surgiu bem depois, certo?
Black -
Sim. Mike não queria dirigir o filme, pois achava que seria muita responsabilidade. O nome dele foi citado numa reunião com o produtor e ficamos bastante entusiasmados, pois "Jovens, Loucos e Rebeldes" é um de meus filmes preferidos.

E como Richard tem muita integridade, seria o ideal para que a história não se transformasse num filme-fofura. Richard parece um historiador de rock. Ele conhece cada canto e recanto do punk rock dos anos 70 e 80, o que ajudou a trazer bastante autenticidade ao filme.

Folha - E como é sua relação com a música?
Black -
Espero que você não me julgue por isso, pois eu tinha apenas sete anos. Mas a primeira canção a me impactar foi "Take a Chance on Me", do Abba. Agora amo Neil Young de paixão. Sei que é clichê falar que gosto do Radiohead, mas concordo com o que Bono [Vox, vocalista da banda irlandesa de rock U2] disse: existe uma coisa sagrada sobre a música deles.

Folha - Como era o seu comportamento como estudante?
Black -
Tenho que ser honesto: nunca fui estudioso. Era indisciplinado, o palhaço da sala de aula. Em casa, porém, gostava de cantar e tocar piano. Passei um ano tendo aulas de piano até aprender a tocar "A Pantera Cor-de-Rosa" (risos). E depois disso parei, o que lamento. Queria muito ter aprendido a tocar "The Entertainer", "The Maple Leaf Rag" e a "Sonata ao Luar", de Beethoven.

Folha - Por fazer esse tipo de humor fisicamente desleixado, muitos o comparam ao John Belushi, astro de "Os Irmãos Cara-de-Pau". O que acha disso?
Black -
Mas ele não conseguia fazer a onda que faço com a sobrancelha, né? (risos). Acho que sou influenciado por todos esses comediantes que fazem contorcionismo facial, como Belushi e Jim Carrey. Eles são meus ídolos. Woody Allen também é um cara que adoro. O humor facial é o meu pão com manteiga, é a minha cozinha.

Folha - Existe alguma coisa que o faça chorar?
Black -
Uma boa novela ruim ou um bom filme cafona. É um dom que herdei de minha mãe.

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