Publicidade
Publicidade
18/02/2004
-
09h02
da Folha de S.Paulo
Na luta pela sobrevivência, a indústria fonográfica começa a apelar para nichos de mercado que costumava relegar a segundo plano antes da grande crise de queda de vendagem de CDs.
O principal deles é o campo de shows de artistas, que hoje anima o discurso de administradores de companhias de opiniões tão divergentes quanto a multinacional Universal e a nacional Trama.
"A situação dos shows hoje é muito boa, mostra uma volta do interesse do público por música", opina José Antonio Eboli, da Universal.
No novo discurso, ele relaciona esse dado com um possível momento de renovação artística. "A situação discográfica melhora com a melhora do movimento de shows, que talvez seja um momento de surgirem novos artistas", diz.
Pela Trama, João Marcello Bôscoli vai mais longe: a gravadora passa a adotar a prática de empresariar artistas seus, como Claudio Zoli e Fernanda Porto. "Representamos os artistas exclusivamente ou agimos em composição com seus empresários", diz.
O mais comum, até há pouco, era as gravadoras destinarem uma verba de "tour support" aos artistas, que a partir daí caminhariam com as próprias pernas em suas turnês ao vivo.
Outros caminhos
João Marcello Bôscoli cita um outro caminho possível. "As receitas de publicidade serão mais importantes. Assisti à Rede Globo a vida inteira e nunca paguei por isso", diz, sugerindo que as gravadoras poderiam adotar sistemas parecidos.
José Antonio Eboli cita ainda um novo cenário de relativa independência entre o que toca nas rádios e o que vende CDs nas lojas --um índice de que estaria se reduzindo à nunca admitida prática de jabaculê, comércio ilegal de execuções entre emissoras e gravadoras.
"Maria Rita, uma artista nova, vendeu 500 mil CDs sem nunca tocar no rádio. Os Tribalistas passaram de 1 milhão da mesma forma", afirma, tomando exemplos fermentados nas rivais Warner e EMI, respectivamente.
Eboli faz enfim uma reavaliação da indústria recente: "Entre 1999 e 2003 ficamos quase numa Idade Média em relação à música. Era só repetição de fórmula, o público está cansado disso".
Leia mais
Brasil se atrasa na corrida que deve substituir indústria de CDs
Loja virtual vende só 15 mil faixas por mês
Gravadoras apostam em shows
Publicidade
Na luta pela sobrevivência, a indústria fonográfica começa a apelar para nichos de mercado que costumava relegar a segundo plano antes da grande crise de queda de vendagem de CDs.
O principal deles é o campo de shows de artistas, que hoje anima o discurso de administradores de companhias de opiniões tão divergentes quanto a multinacional Universal e a nacional Trama.
"A situação dos shows hoje é muito boa, mostra uma volta do interesse do público por música", opina José Antonio Eboli, da Universal.
No novo discurso, ele relaciona esse dado com um possível momento de renovação artística. "A situação discográfica melhora com a melhora do movimento de shows, que talvez seja um momento de surgirem novos artistas", diz.
Pela Trama, João Marcello Bôscoli vai mais longe: a gravadora passa a adotar a prática de empresariar artistas seus, como Claudio Zoli e Fernanda Porto. "Representamos os artistas exclusivamente ou agimos em composição com seus empresários", diz.
O mais comum, até há pouco, era as gravadoras destinarem uma verba de "tour support" aos artistas, que a partir daí caminhariam com as próprias pernas em suas turnês ao vivo.
Outros caminhos
João Marcello Bôscoli cita um outro caminho possível. "As receitas de publicidade serão mais importantes. Assisti à Rede Globo a vida inteira e nunca paguei por isso", diz, sugerindo que as gravadoras poderiam adotar sistemas parecidos.
José Antonio Eboli cita ainda um novo cenário de relativa independência entre o que toca nas rádios e o que vende CDs nas lojas --um índice de que estaria se reduzindo à nunca admitida prática de jabaculê, comércio ilegal de execuções entre emissoras e gravadoras.
"Maria Rita, uma artista nova, vendeu 500 mil CDs sem nunca tocar no rádio. Os Tribalistas passaram de 1 milhão da mesma forma", afirma, tomando exemplos fermentados nas rivais Warner e EMI, respectivamente.
Eboli faz enfim uma reavaliação da indústria recente: "Entre 1999 e 2003 ficamos quase numa Idade Média em relação à música. Era só repetição de fórmula, o público está cansado disso".
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice