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14/04/2004 - 05h13

Sexo e auto-ajuda superam política, história e guerras na Bienal

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ANTONIO ARRUDA
free-lance para a Folha

Quem não é afeito a contos de fadas, romances ou poesias e prefere estar com um pé fincado na realidade ou na ciência não vai se decepcionar: de artigos sobre guerras a receitas sobre como educar melhor os filhos, passando por tratados filosóficos, as opções saltam a cada estande.

No topo das obras de não-ficção, encontram-se aquelas relacionadas a três segmentos editoriais: auto-ajuda, psicologia e sexualidade, trinômio representado na feira por 144 editoras.

O número elevado reflete o que ocorre no mercado editorial brasileiro, no qual pipocam livros que pretendem ensinar as pessoas a levar uma vida melhor. "Os livros com maior destaque nas estantes da maior parte das livrarias são os de auto-ajuda", diz Jair Canizela, presidente da Associação Nacional de Livrarias.

Ainda que o interesse do público pela busca de soluções para seus problemas seja grande, paradoxalmente o maior espaço do evento é o ocupado pelas editoras universitárias, juntamente com a Associação Brasileira das Editoras Universitárias, entidade que reúne 95 editoras, e com Imprensa Oficial do Estado, que publica, com outras organizações, títulos que vão de política a ambiente.

"A Bienal é o lugar onde é possível encontrar trabalhos interessantes produzidos pelo meio acadêmico, já que mais de 80% das editoras universitárias não chegam às livrarias", diz José Castilho Marques Neto, diretor da Editora Unesp e da Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo.

Um exemplo da produção dessas editoras é o esperado lançamento do livro "Testamento Intelectual de Milton Santos" (Editora Unesp), que traz a última entrevista do geógrafo da USP, morto em 2001, concedida a Jesus de Paula Assis.

Entre os lançamentos de autores internacionais no campo da não-ficção destacam-se "A Parte do Diabo - Resumo da Subversão Pós-Moderna" (Record), do sociólogo francês Michel Maffesoli, que discute o lugar do "mal" na sociedade atual; "A Revolução de Gutemberg" (Ediouro), do historiador inglês John Man, que analisa o surgimento da imprensa e suas conseqüências para a formação da civilização; e "A Guerra ao Vivo" (Editorial Verbo), do jornalista português Carlos Fino, que conta sua experiência na cobertura da invasão ao Iraque. Os três autores estão no programa do Salão de Idéias.

Entre as editoras estrangeiras, a holandesa Elsevier, parceira da Campus, traz bons lançamentos, como "O Império Americano: Hegemonia ou Sobrevivência", de Noam Chomsky.

Obras técnicas de direito, arquitetura, administração e publicidade, entre outras, estarão na Bienal por meio de editoras especializadas.

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