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17/04/2004 - 06h40

Veja o que escritores pensam sobre Lygia Fagundes Telles

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da Folha de S.Paulo

A Folha ouviu três escritores para falar sobre Lygia Fagundes Telles. Saiba o que eles pensam:

Marçal Aquino

"A Lygia é a primeira-dama do conto brasileiro. Uma antologia organizada por ela mesma oferece uma oportunidade maravilhosa de saber do que Lygia gosta mais em sua própria obra.

É um luxo você poder partilhar com ela o gosto dela. Tenho dois favoritos em sua obra, 'Seminário dos Ratos' e 'Antes do Baile Verde'. Um dos principais aspectos da sua obra é a delicadeza com que a Lygia trata coisas não tão delicadas do mundo."

Ivana Arruda Leite

"Não há escritor brasileiro que não bata a cabeça para Lygia Fagundes Telles. Ela nos formou a todos. Minha vida de escritora se assenta no tripé: Monteiro Lobato, Machado de Assis, Lygia Fagundes Telles. Mais do que escritora, eu queria ser Lygia Fagundes Telles.

Eu queria contar histórias como ela conta. Histórias que ainda hoje me espantam, por mais que eu as saiba de cor. É tanta precisão na linguagem, é tão fundo o mergulho, os personagens são tão bem desenhados que eu sempre fico de queixo caído. Lygia faz de propósito. Vai nas alturas sem dar uma pirueta, sem um malabarismo, na dela. Uma escritora sem turbulências, só com preciosidades.

Chique pra caramba. Os que gostam de hermetismos, vanguardismos, modismos, mantenham distância. No ano passado, eu tive a honra de participar de uma antologia com ela ('Contos de Escritoras Brasileiras', ed. Record). Imaginem a emoção que eu senti ao ver o meu conto ao lado de 'Antes do Baile Verde'.

Aquele mesmo que trago comigo há tanto tempo. Imaginem como batia o meu coração ao me ver conversando com Lygia, na noite de autógrafos, como duas comadres. Foi nesse dia que eu me dei o brevê: é verdade, eu sou uma escritora. Cabe a mim seguir o exemplo de Lygia e aprimorar cada vez mais o meu ofício pra ser digna deste nome, como ela é."

Milton Hatoum

"Acho importante o corte psicológico da classe média paulistana e também a forma como ela lança mão da memória, um componente importante na obra da Lygia.

E tem também a dimensão política, sobretudo nos primeiros livros. É uma escritora que domina a narrativa breve como poucos no Brasil. Além da figura, que é simpaticíssima."

Depoimentos tomados por Alexandra Moraes, da Folha de S.Paulo

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