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19/04/2004 - 09h57

Photek mostra o drum'n'bass "paranóico"

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THIAGO NEY
da Folha de S.Paulo

Se o drum'n'bass fosse um filme, Photek seria David Lynch.

Esse britânico, de nome Rupert Parkes, é um estranho nos toca-discos do Skol Beats. Está escalado para atuar na mesma tenda de Marky, Andy e Roni Size porque não haveria outro local para ele.

Photek toca d'n'b. Mas também não toca. Para classificá-lo, a imprensa britânica batizou sua música de "drum'n'bass paranóico". "Não concordo. As pessoas pegam certos elementos das músicas e acham que isso define um artista. Meu último álbum era bem sociável. Definitivamente nada paranóico", diz à Folha de S.Paulo.

O problema surgiu com o primeiro álbum, "Modus Operandi", em 1997. Era um disco que limava as batidas pesadas e quebradas do d'n'b para dar espaço a timbres sombrios, lineares, espaciais. Foi comparado a Aphex Twin (porque o que este fez com a eletrônica e com o rock não o habilitam a ser chamado de artista "eletrônico" ou "roqueiro").

Fascinado por cinema e seriados de TV, Photek seguiu produzindo músicas para trilhas ("Platinum", "Animatrix" etc). Em 2000, surpreendeu de novo. Lançou "Solaris", um disco de (na falta de uma classificação adequada) house. "Alguns ficaram decepcionados. Diziam: "É uma pena, somente metade do CD é d'n'b". Não! Apenas uma faixa é d'n'b!"

Photek começou a produzir em 1992. Estava presente na explosão da acid house na Inglaterra, frequentava clubes e festas onde se tocavam tecno e house. Mas começou a pensar em criar suas próprias músicas quando deixou de encontrar coisas interessantes no meio. "Queria criar músicas que eu realmente gostaria de ouvir em um clube. Não conhecia ninguém que fazia música, então comprei um teclado, um sampler e desapareci por um ano e meio. Aprendendo a fazer a música que eu queria ouvir."

Com toda a sua singularidade, Photek faz questão de afirmar sua paixão pelo drum'n'bass brasileiro. "Marky é impressionante. Ele tem carisma, é muito bom de ver. Os brasileiros inspiraram os DJs na Inglaterra a tentarem ser mais carismáticos, a se apresentarem mais como performers."

Em seus sets, Photek toca cerca de 50% a 75% de músicas feitas por ele. O resto são de artistas de sua gravadora, a Photek Productions, como Teebee e DJ Crystl. "Há muitos DJs por aí, então tento trazer algo único, não convencional, que tenha personalidade. As pessoas que me vêem tocar não encontrarão essas músicas em nenhum outro lugar." É mais ou menos isso. A música de Photek é única.

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