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19/04/2004 - 10h31

Autor de "Artemis Fowl" falará sobre sua série na Bienal do Livro

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SHIN OLIVA SUZUKI
da Folha de S.Paulo

"É um "Duro de Matar" com fadas." Assim definiu o escritor irlandês Eoin (pronuncia-se Owen) Colfin, 38, a sua série "Artemis Fowl", que o transformou, quase como em um passe de mágica, de um pacato professor de crianças deficientes para um dos escritores mais bem-sucedidos da literatura infanto-juvenil hoje.

Os três livros (o auto-intitulado primeiro, mais "Uma Aventura no Ártico" e "O Código Eterno") narram as aventuras do gênio do crime de 12 anos que usa e abusa de alta tecnologia e golpes em seres fantásticos para levar vantagem em tudo.

A imagem de anti-herói de Artemis fez soar a luz vermelha de guardiões da moralidade, mas os leitores não foram atrás: a série já vendeu 4 milhões de livros desde 2001 e a produtora Miramax prepara um filme para ser lançado no ano que vem.

E Artemis, como Colfin explica na entrevista que concedeu à Folha de S.Paulo, não é tão do mal assim. Já vem ficando menos marrento, como ocorre no livro mais recente, mas ainda não quer seguir o lema "o crime não compensa".

Em uma pausa na preparação do próximo livro do personagem (que assim quebra a promessa de ser apenas uma trilogia), com lançamento previsto para o ano que vem, Colfin falará sobre as fadas e outros seres imaginários no próximo dia 21, na Bienal do Livro de São Paulo, onde lança um conto baseado no personagem, chamado "O Sétimo Anão". O libreto de 70 páginas será distribuído gratuitamente no evento pela editora Record. Leia a seguir trechos da entrevista com o escritor.

Folha de S.Paulo - Como o sr. teve a idéia de criar Artemis Fowl? O personagem foi sendo desenvolvido desde os seus primeiros livros como "The Wish List" e a série "Benny"?

Eoin Colfer - Eu acho que sim, uma mesma linha vinha sendo seguida desde então, já que todos os meus personagens não são heróis tradicionais. São pessoas com falhas, e é a maneira que, para mim, é a mais verdadeira. Não são seres perfeitos, mas com o decorrer da trama se tornam pessoas melhores.

Folha de S.Paulo - O sr. era professor, mas a série não tem preocupação em ser educativa, pelo menos não no sentido tradicional. Não é uma contradição?

Colfer - Eu não concordo. Acho que o livro é educativo como qualquer outro. O vocabulário não é primário, a história tem ritmo, mantém a garotada presa nela. Uma coisa que eu aprendi como professor é que é difícil fazer os jovens lerem. E os livros têm uma mensagem moral forte, já que, se os personagens não tomam a decisão certa, as coisas não acabam bem.

Folha de S.Paulo - Como está indo a adaptação para o cinema de "Artemis Fowl"?

Colfer - A terceira versão do roteiro foi feita e eu vou dar a minha opinião. O ator só deverá ser escolhido quando estiver pronto porque, se eles anunciarem algum nome agora, ele poderá ficar velho para o papel.

Folha de S.Paulo - O sr. acredita em fadas?

Colfer - Não sei exatamente. Acho que há coisas que ainda não foram bem explicadas. Se as fadas existem, elas não devem ser como aparecem em meu livro. Eu acredito em mistérios, como aliens. Gostaria que eles aparecessem um dia desses.

PALESTRA COM EOIN COLFER
Quando: 21/4, às 15h
Onde: Bienal do Livro de São Paulo (Centro de Exposições Imigrantes, rodovia dos Imigrantes, km 1,5, Água Funda, São Paulo, tel. 0/xx/11/4689-3100)
Quanto: R$ 8 (estudantes com carteirinha pagam meia)

Especial
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