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20/04/2004 - 20h42

Crianças "invadem" a Bienal de SP no programa de visitação escolar

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CARLA NASCIMENTO
da Folha Online

Uma rápida visita ao Centro de Exposições Imigrantes ao longo desta semana mostra, em poucos minutos, por que os expositores redobraram os cuidados para atrair as crianças nesta edição da Bienal do Livro de São Paulo. Os ônibus que chegam e saem do local ininterruptamente com dezenas de crianças e adolescentes comprovam que a feira é mesmo das crianças.

Segundo os organizadores, ontem, primeiro dia de visitação escolar, passaram pela feira 30 mil alunos de várias escolas de São Paulo. Às 11h de hoje, os gritos, brincadeiras e correria pelos estandes já era grande.

As crianças da pré-escola chegam cercadas de cuidados por professores e monitores. Os adolescentes, por sua vez, entram no local cantando, gritando e logo se dividem em pequenos grupos.

Quando as 25 crianças da Escola Cristã Nova Aliança (zona sul de SP) chegaram à Bienal hoje pela manhã, o número de estudantes que estava no local já era grande. Para garantir que nada saísse errado na primeira visita da escola à feira, a coordenadora Cecília Carmona e mais quatro professoras tiveram a difícil tarefa de fazer com que as crianças aguardassem por cerca de 30 minutos até que tudo estivesse pronto.

Meia hora depois, quando todos já estavam com crachás de identificação nos quais constavam informações como nome, escola e telefones para contatos, eles finalmente começaram a visita.

Cada escola tem que percorrer os estandes em 2h30. O tempo, logo se vê, é curto tanto para Breno, 3, o mais novo da turma, quanto para Thales e Cauan, 8, os mais velhos.

Os interesses são diversos. Os mais novos querem ver livros com ilustrações de animais ou personagens conhecidos como os da Turma da Mônica (de Maurício de Souza). Os mais velhos falam de Harry Potter. A divergência de interesses se dissipa já no primeiro estande visitado, o da FTD, no qual quase todos compram livros e gastam praticamente todo o dinheiro que levaram para feira (entre R$ 5 e R$ 10).

Após 20 minutos folheando muitos livros e comprando alguns, as crianças seguem sem um roteiro definido para a visita. Segundo a coordenadora, o tempo é curto e não há como estabelecer um roteiro. A opção é andar e ver o que a feira oferece no momento.

A tarefa se mostra difícil, principalmente quando Yasmin se perde do grupo. As professoras mantêm a calma e uma delas percorre o caminho de volta enquanto as demais reúnem as outras 24 crianças e esperam. Uma das barraquinhas de água de coco quase não resiste à espera com tanto empurra-empurra.

Dez minutos depois Yasmin está de volta e a visita continua. Após passarem por mais um estande, desta vez o da editora Ciranda Cultural, já é a hora do lanche. Começa então a busca por um lugar mais tranqüilo para fazer a rápida refeição.

Eles finalmente se acomodam próximo ao local de onde começaram a visita. Ou seja, mais de uma hora depois de chegarem à Bienal, as crianças haviam visitado apenas dois estandes.

Após duas rodadas de sanduíches, três de suco e uma de bolo de chocolate, os pequenos visitantes seguem em direção ao estande da Cedic, que tem como atração uma reprodução de monumentos da cidade de São Paulo e promove sessões de teatro de bonecos com a Turma da Mônica.

Chegando lá, mais uma espera, desta vez de 15 minutos. Fã dos personagens de Maurício de Souza, Mayara, de 4 anos, ficou especialmente contente com a visita.

Logo depois, às 13h40, a visita à Bienal termina. Apesar de terem visto pouco da feira, as crianças saem dizendo que a visita foi divertida e mesmo com o tempo curto e toda a confusão, crianças e professoras são unânimes em dizer que a visita valeu a pena.

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